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Barracas de camelôs ilegais terão de sair de Pinheiros

Ação da Prefeitura contra vendedores no Largo da Batata começa em 15 dias

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Por Redação
Atualização:

O Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste, o entorno do Mercado de Guaianazes, na zona leste, e a feira da madrugada do Brás, no centro da capital, são os próximos alvos da fiscalização da Prefeitura contra os camelôs irregulares. A informação é do secretário municipal Andrea Matarazzo, da Coordenação das Subprefeituras. Segundo ele, a retirada dos ambulantes ilegais deve começar por Pinheiros e nos próximos 15 dias. "Nosso principal objetivo é tirar das ruas produtos com origem ilegal, além de liberar calçadas e frentes de lojas." A estimativa da Prefeitura é que mil camelôs clandestinos atuem na região. As mesmas medidas já foram aplicadas no Largo 13 de Maio, em Santo Amaro, na zona sul, e Largo da Concórdia, no centro. Nos dois locais, depois da remoção das barracas, o policiamento permanece no local para impedir a volta dos ambulantes. "Teremos a participação das polícias Civil e Militar e da Guarda Civil Metropolitana, que têm sido fundamentais para o sucesso da fiscalização", afirmou Matarazzo. Em Pinheiros, o clima entre os camelôs é de apreensão. Todos, tanto os cadastrados como os ilegais, estão assustados com a notícia. "Até agora, não passou ninguém aqui para avisar o que vai acontecer, se vamos sair ou se teremos que mudar de lugar", disse Murilo Messias da Silva, ambulante que trabalha há 29 anos na região de Pinheiros vendendo bolsas e carteiras. Barraca cadastrada A barraca de Murilo é cadastrada, mas isso não basta para deixá-lo tranqüilo. "E se quiserem colocar a gente na Cunha Gago ( rua próxima ao Largo da Batata), onde não passa ninguém? Como vou conseguir dinheiro para pagar a licença?", questiona. Para manter o TPU (Termo de Permissão de Uso), ele paga uma taxa trimestral de R$ 160. Segundo Matarazzo, 300 barracas têm o TPU no local, mas 258 estão inadimplentes. "Quem está com o TPU em dia e vende mercadoria com origem comprovada pode ficar despreocupado", garantiu. O secretário afirmou ainda que algumas áreas do centro precisam de novas fiscalizações. "Já percebemos que os ambulantes têm voltado para a região da 25 de Março e da XV de Novembro, por exemplo. São locais que em breve terão ações." Não há previsão do início da fiscalização em Guaianazes e no Brás.

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