
11 de junho de 2011 | 00h00
"Tem baile que tem quatro, cinco senhoritas para cada galã. O pessoal se esforça para dar conta", brinca o motorista Manoel Soares Duarte, de 70 anos.
Frequentador da Sociedade União Fraterna, no limite entre a Barra Funda e a Lapa, Manoel conheceu a namorada, Antonia, de 71 anos, em um baile da terceira idade realizado no local. "Opção não falta nessa área, mas bom mesmo é receber e visitar os amigos que vivem aqui", conta Antonia.
A explicação para a alta concentração de mulheres em bairros antigos, como a Barra Funda, é exatamente a longevidade feminina. "É um efeito típico. O número de mulheres em bairros mais tradicionais, onde já moram há tempos, é explicado pelo fato de elas viverem mais. É assim em Santa Cecília, Barra Funda e Higienópolis, por exemplo", diz o demógrafo Haroldo Torres, do Cebrap.
O bairro com maior concentração de homens com idades acima de 60 anos é Marsilac, no extremo sul - no distrito, há exatamente 50% de homens e mulheres. O baixo número de habitantes, segundo o IBGE, explica a liderança.
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