Bar sofre arrastão e dois ladrões são achados por GPS

Grupo roubou cerca de 30 clientes na madrugada de ontem perto do Mackenzie; polícia achou parte do bando por celular de vítima

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Por CAMILA BRUNELLI
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Na madrugada de ontem, mais um estabelecimento na capital paulista sofreu arrastão. O bar The Joy, na Consolação, região central, foi invadido por cinco homens armados, que levaram celulares, carteiras, bolsas, relógios e R$ 1 mil do caixa. Cerca de 30 pessoas estavam no local, que fica na frente da Universidade Mackenzie. Pouco depois da fuga, a polícia localizou dois dos bandidos com ajuda do GPS do celular de uma das vítimas. Com esse arrastão, já são pelo menos 18 estabelecimentos assaltados neste ano (veja ao lado). Por volta da 1h20, o bando invadiu o The Joy e anunciou o assalto. Testemunhas disseram que houve violência - um cliente levou um tapa no rosto e teve as pernas imobilizadas por um dos bandidos, enquanto outro levou uma coronhada por mentir sobre já ter entregue a carteira. Durante a ação, que durou apenas três minutos, o gerente do local se trancou no escritório e chamou a polícia, mas quando policiais chegaram os assaltantes já tinham conseguido escapar.Dois deles foram localizados no Glicério, também no centro, graças ao GPS de um dos celulares levados. Lincon Correia da Silva, de 28 anos, que já tem passagem por roubo a condomínio, foi preso. Já o adolescente R.F.P., de 16, foi encaminhado à Fundação Casa. Outros três bandidos seguem foragidos.Em nota, o The Joy informou que "possui sistema de monitoramento de vídeo, além de segurança particular".Medo. Na tarde de ontem, moradores da região não sabiam do arrastão, como a advogada Bianca Molinari, de 31 anos, que mora no prédio vizinho ao bar. "Estava pensando em marcar um encontro com amigas aqui na semana que vem, mas agora nem sei."O The Joy é um dos bares mais sofisticados da Rua Maria Antonia. Segundo estudantes do Mackenzie, cada um dos estabelecimentos da via é tradicionalmente frequentado por alunos de um curso. O The Joy costuma receber estudantes de Direito. Claudio da Silva, gerente do vizinho Kenzie, que costuma receber frequentadores de Arquitetura, notou redução no movimento. "De dois meses para cá, tem aparecido bem menos gente. Principalmente à noite. Acho que o pessoal está com medo."Já a estudante Juliana Jardim, de 25 anos, disse que não pretende deixar de frequentar bares ou sair com amigos. "Não dá para deixar de viver. Risco a gente corre em todo lugar."

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