Bando invade hipermercado no Tatuapé e faz 25 reféns

Um ladrão morreu, dois foram presos e um menor, apreendido; Carrefour não informou se algo foi roubado

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Por Bruno Lupion , Cristiane Bomfim , Paulo Saldaña e Ricardo Valota
Atualização:

Armados com submetralhadoras e escopetas calibre 12 e usando máscaras do filme Pânico, uma quadrilha de cerca de 15 assaltantes invadiu na noite de anteontem um hipermercado Carrefour no Tatuapé, zona leste da capital. Cerca de 25 funcionários foram dominados com violência, mas dois conseguiram se esconder e chamar a polícia. Houve troca de tiros no local e um criminoso morreu - outros dois foram presos e um menor, apreendido.O bando entrou a pé pela porta da frente do hipermercado, na Avenida Salim Farah Maluf, por volta de 23 horas, quando já não havia clientes. "Eles corriam com armas nas mãos, me deram coronhadas, xingavam", disse ontem uma das vítimas.Na ação, que durou cerca de meia hora, os funcionários foram obrigados a deitar no chão e jogar os celulares para os bandidos. Segundo as vítimas, eles tentaram, sem sucesso, abrir o cofre da loja. Parte do grupo foi ao setor de bebidas tomar uísque com energético. O Carrefour não informou se o bando levou produtos. Nenhum funcionário precisou ser socorrido. Duas viaturas chegaram ao local às 23h30, de acordo com o segundo-tenente Adriano Primo Duarte. Outras 13 viaturas foram chamadas e até um helicóptero acabou usado no cerco. "Os bandidos estavam bem agressivos. Na fuga, saíram por vários lados", disse. Foram presos Rodrigo Rodrigues de Almeida, de 22 anos, e Augusto Ceras, de 19. O adolescente K.C.M, de 17, também foi apreendido. Dois suspeitos chegaram a ser levados ao 10.º Distrito Policial (Penha) - onde a ocorrência foi registrada -, mas foram liberados. Os demais bandidos escaparam.Tiago da Silva Barros, de 26 anos, foi morto quando tentava fugir. "Ele saiu atirando e não obedeceu à ordem de parada. Nós revidamos", disse Duarte. Tiago foi levado ao Hospital do Tatuapé, onde morreu.Com os presos, os policiais apreenderam uma submetralhadora, uma escopeta calibre 12, três revólveres calibre 38 e dois coletes à prova de balas. Eles também tinham R$ 1.460, 30 celulares, 10 máquinas fotográficas e uma filmadora. Na noite de ontem, o delegado do 10.º DP ainda ouvia as vítimas.Reabertura. A polícia ainda não havia pedido as imagens do sistema interno de segurança do Carrefour, que informou em nota estar à disposição para auxiliar as autoridades. Ontem, a loja abriu normalmente.

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