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Bando faz 20 reféns e explode caixas

Operários que trabalhavam na frente do banco, na obra do monotrilho do Metrô, foram dominados e impedidos de deixar o local

Por Bruno Ribeiro
Atualização:

Uma quadrilha composta por cerca de 20 homens, fortemente armados e encapuzados, fez ao menos 20 reféns e explodiu quatro caixas eletrônicos para roubar as cédulas que eles guardavam. O crime ocorreu ontem, por volta das 2h30, na Avenida Sapopemba, na zona leste da cidade.Os reféns são funcionários do consórcio que constrói o monotrilho da Linha 15-Prata da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Segundo testemunhas, os homens chegaram em várias motos e carros - a polícia diz que nem os modelos nem as placas puderam ser anotados por quem viu a ação. Os operários trabalhavam na construção de uma viga de sustentação que fica na frente da agência e foram dominados, impedidos de deixar o local.Enquanto isso, parte do grupo se dirigiu à agência, instalou e detonou os explosivos e, depois, recolheu o dinheiro. Eles levaram ainda dois caixas, que não foram detonados. Logo após a explosão, o grupo fugiu nos mesmos veículos que usaram para ir à agência e os funcionários foram liberados. Ninguém ficou ferido.A Polícia Civil informou que, em depoimento, um representante da agência furtada declarou que o grupo levou R$ 87,5 mil em dinheiro e os dois caixas levados tinham R$ 93 mil em seu interior. O representante informou ainda que funcionários do banco recolheram R$ 5,7 mil em cédulas no chão da agência. Eram notas espalhadas no chão, que ficaram danificadas por causa da explosão.A polícia ainda relatou que peritos do Instituto de Criminalística recolheram 24 projéteis de pistola calibre .40 e uma marreta. As circunstâncias em que os disparos foram feitos não foram confirmadas pela polícia.Fuga. Um inquérito foi aberto no 69.º Distrito Policial para investigar o caso, registrado como furto qualificado e constrangimento legal (por causa dos reféns). A Polícia Militar, que apresentou o caso na delegacia, informou que, após a explosão, os funcionários da obra fugiram, assustados.Até a noite de ontem, nenhum deles havia prestado depoimento para ajudar nas investigações do caso. A polícia não informou, também, se as câmeras de vigilância da agência captaram a ação.

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