
14 de agosto de 2012 | 03h03
O perito criminal Ricardo Averbach Rebouças, de 31 anos, foi feito refém por três bandidos e teve o corpo queimado na noite de domingo quando voltava com seu carro da casa da namorada, no Campo Belo, na zona sul de São Paulo. A polícia investiga qual foi a motivação dos criminosos, que não levaram nada da vítima e permaneciam foragidos até a noite de ontem.
Rebouças teve queimaduras nas costas, braços e pernas e seguia internado no Hospital São Paulo. Ele dirigia seu Focus pela Avenida Washington Luís quando foi abordado por dois homens em uma moto. Eles fecharam o carro e obrigaram Rebouças a entrar em uma rua lateral. Na Rua Capiberibe, no Jardim Aeroporto, bateram na janela com a arma e mandaram Rebouças parar. Pegaram sua carteira no bolso da calça e viram que faz parte da Polícia Científica. Depois disso, gritaram "verme, você vai morrer".
Um terceiro criminoso apareceu com uma garrafa cheia de gasolina e eles então jogaram o combustível no corpo do perito, que foi colocado no banco traseiro do Focus. Em seguida, atearam fogo no carro e fugiram.
Rebouças conseguiu sair do carro e, com o corpo em chamas, foi socorrido por moradores da rua, que disseram ter ouvido duas grandes explosões. "Ele estava se debatendo muito e coloquei a cabeça dele no meu colo. Ele disse que era Dia dos Pais e ainda não tinha visto a filha", disse uma dona de casa de 47 anos. O perito tem uma filha de 1 ano e 2 meses, que vive com a ex-mulher.
Ouvido pela polícia, Rebouças afirmou que, em momento algum, os bandidos disseram que pretendiam assaltá-lo. O caso foi registrado no 27.º DP (Campo Belo), mas será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e terá ainda o acompanhamento da Corregedoria da Polícia Civil.
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