PUBLICIDADE

Bandeirante do Ibirapuera tem unhas pintadas de azul

Não se sabe ainda quem praticou vandalismo no monumento 'empurra-empurra'

Por Felipe Tau e JORNAL DA TARDE
Atualização:

Um dos maiores símbolos de São Paulo, o Monumento às Bandeiras, na frente do Parque do Ibirapuera, zona sul, foi alvo de vandalismo. Um dos bandeirantes que "puxam" a escultura, montado em um cavalo, estava hoje com as unhas do pé esquerdo pintadas de azul. Ainda não se sabe quem praticou o vandalismo nem o motivo.A obra, popularmente conhecida como "empurra-empurra", retrata as bandeiras sertanistas do século 17. Brancos e índios são representados na obra empurrando uma canoa que parte de São Paulo para desbravar o interior do Brasil. De Victor Brecheret (1894-1955), o monumento foi inaugurado no dia 25 de janeiro de 1954, durante as comemorações do 4.º centenário da cidade.Quem viu a intervenção não gostou. "Não achei legal. Não sei por que as pessoas fazem tanto esforço para danificar a obra", disse a estudante de Arquitetura Natielle Mamteufel, de 19 anos.A delicadeza do azul contrasta com a robustez da estátua. Feita de granito maciço, ela tem 11 metros de altura, 8,4 m de largura e quase 44 m de comprimento. A veterinária Daniele Ares, de 30 anos, também repudiou o ato. "Para mim é vandalismo. Se for uma intervenção, está errada: não pode depredar, mudar as características", disse ela, que defende mais segurança no local. Nos fins de semana, é comum ver turistas e curiosos subindo no "empurra-empurra" para tirar fotos. A Secretaria Municipal de Segurança Urbana informou em nota que a Guarda Civil Metropolitana "sistematicamente" faz rondas no monumento. A Secretaria Municipal de Cultura, mantenedora da obra, afirmou em comunicado que ela passa por limpeza trimestral. De acordo com o delegado Márcio Nilsson, titular do 36.º Distrito Policial (Vila Mariana), nenhuma ocorrência foi registrada sobre o caso. Segundo ele, há um ano no distrito, não foram registradas ocorrências relacionadas à depredação da obra.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.