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Banda surpreende com pequeno público

Por / J.B. , L.N. e R.N.
Atualização:

Imagine o cantor do Angra se juntando a um dos garotos do MGMT. Ou Rob Halford criando uma dupla com o cara do Prodigy, Liam Howlett. É mais ou menos o resultado do Ghostland Observatory, uma das bandas mais interessantes do SWU que quase ninguém viu no palco New Stage. Eles tocaram quando cerca de 90% do público estava fazendo coro para Snoop Dogg e seu megahit Beautiful. Havia pouco mais de 200 pessoas no local.O metal melódico está no DNA do vocal de Aaron Behrens, frontman da dupla, que encaixa como uma luva na batida sintética de Thomas Turner, nos teclados e programação (vestido como um dos heróis de Watchmen, com capa de HQ, faixa na cabeça e maiô de Superman). Eles se projetam ironicamente sobre um legado glitter que vem lá de David Bowie, mas que extravasa e passa pelo Daft Punk e pelo som já cristalizado de DJs como Laurent Garnier. O palco New Stage também recebeu os brasileiros residentes nos Estados Unidos da banda Cruz. O grupo, com três anos de estrada, tocou sob sol escaldante e para um público ainda pequeno, que chegava ao espaço em Paulínia. Já sob ameaça de chuva, André Frateschi e Miranda Kassin desfilaram uma série de covers. No início da tarde, o paulistano Emicida fez show com mais de 15 músicas, como Rua Augusta e Só Mais Uma Noite.Para mais de 50 mil pessoas, no fim da tarde, Marcelo D2 deu show durante uma hora. Um helicóptero da PM sobrevoava de perto o palco, por questão de segurança, e o público fez gestos obscenos para o alto. D2 não se intimidou, cantando temas de sua ex-banda, Planet Hemp. Honrou ainda seu repertório solo e o tributo a Bezerra da Silva. Com céu anunciando chuva, o coletivo de rap Odd Future também subiu ao palco e levou sua plateia ao delírio.

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