Os bancários de São Paulo decidirem na noite de quinta-feira, 24, permanecer em greve por tempo indeterminado, e realizarão uma passeata pelas ruas da cidade nesta sexta-feira, 25.
A concentração será na Praça Oswaldo Cruz com destino ao prédio do Banco Real, próximo à estação Trianon do Metrô, na Avenida Paulista, banco adquirido pelo Grupo Santander. No local, está instalado o escritório de Fábio Barbosa, presidente do Santander e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
No primeiro dia de greve em São Paulo, 29 mil bancários aderiram à paralisação, em 679 locais de trabalho. Além das agências, ficaram fechados os prédios administrativos do Unibanco Patriarca e Boa Vista, Nossa Caixa XV de Novembro e Tesouro, Banco do Brasil Complexo São João e Verbo Divino e o Bradesco Alphaville, que abriu depois das 10h, segundo dados do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
A decisão de permanecer em greve foi decidida pois, segundo o sindicato, a Fenaban não apresentou nova proposta nem marcou negociação com os trabalhadores. Os bancários realizam nova assembleia na segunda-feira, 28, às 17h, na quadra da categoria, na Rua Tabatinguera, 192, na região da Sé.
A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.