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Avião estava acima da velocidade normal, dizem autoridades

Segundo presidente da Infraero, Airbus da TAM passou a 90 nós no trecho em que deveria estar parado

Por Camilla Rigi
Atualização:

Autoridades que se reuniram no início da tarde desta quarta-feira, 18, para assistir ao vídeo do pouso do vôo JJ 3054, da TAM, e falaram com a imprensa suspeitam que a aeronave, no momento da aterrissagem, estava a uma velocidade acima do normal. Segundo o senador Demóstenes Torres (DEM), relator da CPI do Apagão Aéreo no Senado, o trecho percorrido em 10 segundos por outras aeronaves foi feito em apenas 3 segundos pelo Airbus da TAM. Veja também: Lista das 186 vítimas do acidente O local do acidente Opine: o que deve ser feito com Congonhas?  Os piores desastres aéreos do Brasil A cronologia dos acidentes em Congonhas Conheça o Airbus A320 Galeria de fotos Assista a vídeos feitos no local do acidente Conte o que você viu e o que você sabe O brigadeiro José Carlos Pereira, da Infraero, também confirma a versão de Demóstenes. Segundo o presidente da Infraero, pelo que ele pôde ver no vídeo, o avião teria passado a uma velocidade muito mais rápida que deveria. "No trecho em que ele deveria estar parado, no final da pista, ele passou a 90 nós". A medida aeronáutica equivale a 166,68 km/h. Segundo Pereira, a pista principal de Congonhas pode ser liberada assim que a perícia feita pela Polícia Federal seja concluída. "Aparentemente, pelo vídeo, e comparando com outros pousos, o avião parou no lugar certo, porém no trecho em que os outros aviões começam a desacelerar dá a impressão de que o avião está acelerando", disse Torres, que voltou a fazer críticas contra o Ministério da Defesa, nesta quarta-feira. Demóstenes Torres convocou coletiva logo após assistir ao vídeo, na companhia do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e do presidente da Empresa Brasileira de Infra Estrutura Aeroportuária, José Carlos Pereira. "A operação foi no mínimo inusitada", disse o senador, que adiantou que a CPI do Apagão Aéreo no Senado deve pedir a intervenção do TCU no caso, para a requisição de uma perícia comandada pelo Exército, na pista principal de Congonhas. O comandante da Aeronáutica não quis falar com a imprensa.

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