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Avião derrapa na pista e Aeroporto de Congonhas é fechado

Três passageiros estavam na aeronave, que tentou abortar decolagem e bateu na mureta de proteção

Por Bruno Tavares , de O Estado de S. Paulo , e Carina Urbanin e da Agência Estado
Atualização:

Um avião de pequeno porte com três pessoas derrapou na pista do Aeroporto de Congonhas às 14h36 desta quarta-feira, 3. O avião de modelo King Air, prefixo PT-PAC, tentava abortar a decolagem na pista principal. A aeronave atravessou o gramado da cabeceira da pista e parou na mureta que separa o aeroporto da Av. Washington Luís. A pista principal ficou fechada até às 16h16 para pousos e decolagens. Três tripulantes que estavam na aeronave foram encaminhados para um hospital, um deles teve escoriações.   O bico do avião bateu no muro de proteção do aeroporto, em cima do logo da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), próximo à Washington Luís. A aeronave pertence à Ultrafarma, segundo a assessoria da Infraero. A pista teve que ficar fechada para pousos e decolagens pois houve vazamento de combustível na pista e havia risco de explosão. Às 15h37 a pista auxiliar do aeroporto há havia sido liberada. Veja também: Ocupantes de bimotor sofreram ferimentos leves, diz secretaria Acidente em Congonhas cancela vôos e pára operações no Rio Após acidente, acesso à Bandeirantes é fechado Congonhas não terá mais vôos internacionais As imagens do acidente com o bimotor  Das medidas anunciadas, só uma vigora Especial sobre a crise aérea  Todas as notícias sobre a crise aérea  Congonhas deve ser fechado definitivamente?  Arte estadao.com.br O avião, que tinha como destino São José dos Campos, interior do Estado, transportava três pessoas, que foram retiradas da aeronave e não tiveram ferimentos. As causas da falha na decolagem estão sendo apuradas. Por volta das 15h40, a pista auxiliar de Congonhas já havia sido liberada. Às 18 horas, Congonhas tinha sete vôos atrasados e 27 tinham sido cancelado, segundo informações do site Infraero. Outros acidentes  O histórico de aeronaves que derrapam provocando problemas no Aeroporto de Congonhas é grande. Alguns deram origem à tragédias, como aconteceu com o vôo da TAM em julho do ano passado, e outros deram apenas um susto nos passageiros e população. O que quase todos têm em comum é uma coisa: a pista molhada. Em janeiro de 2003, o jatinho do deputado Waldemar Costa Neto derrapou na cabeceira do aeroporto e caiu na rua. Cerca de um ano depois, em março, outro jatinho perdeu a direção e parou em buraco na cabeceira de Congonhas. Alguns anos mais tarde, em março de 2006, um avião da BRA pousou na pista molhada de Congonhas. A aeronave perdeu o controle, ziguezagueou e invadiu o gramado que beira o fim da pista. Por poucos metros, acabou não caindo na Avenida Washington Luis. Os 115 passageiros que vinham de Salvador (BA) não tiveram ferimentos. Em outubro do mesmo ano, um Boeing 737-300 da Gol, vindo de Cuiabá (MT) com 122 passageiros e 6 tripulantes, deslizou para o lado direito e parou no canteiro, entre a pista principal e a auxiliar, por causa do excesso de água no piso. A pista de Congonhas ficou fechado por cerca de uma hora, dias após o acidente com outra aeronave da Gol, que deixou 154 mortos. Neste acidente, ninguém ficou ferido. Cerca de um mês depois, um jato particular derrapou na pista sem deixar feridos. Mas a pista principal do aeroporto ficou fechada por quase uma hora, o que, com o caos aéreo que o País vivia, causou atrasos nos vôos durante todo o dia em Congonhas. No início de 2007, os 130 passageiros do vôo 2438 da Varig, passaram por um susto, quando o avião aterrissava em Congonhas. O piloto foi obrigado a fazer uma freada brusca devido ao alagamento da pista principal. Após o incidente, narrado pela Aeronáutica como uma simples derrapagem do Boeing 737-300, a pista foi interditada por uma hora para vistoria. No dia 16 de julho daquele ano, primeiro dia de chuva constante em São Paulo após a entrega da reforma da pista principal do Aeroporto de Congonhas, um avião modelo ATR-42, da empresa Pantanal, derrapou e foi parar na grama. As operações foram interrompidas por 20 minutos no local. Ninguém ficou ferido e, depois, ficou constatado que o acidente ocorreu por conta do excesso de água na pista. Um dia depois, um Airbus A320 da TAM não conseguiu parar, atravessou a pista e a Avenida Washington Luiz e bateu em um prédio da companhia aérea e em um posto de gasolina do outro lado da avenida. O acidente, com 199 mortos, foi o maior da aviação brasileira e agravou a crise aérea. Texto alterado às 18h10 para acréscimo de informações.

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