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Audiências do Plano Diretor devem reunir até 3 mil pessoas

As primeiras discussões ocorrerão nos dias 5 e 6 de abril, no Auditório do Anhembi

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Por Adriana Ferraz
Atualização:

SÃO PAULO - Apesar da complexidade das discussões do novo Plano Diretor, a gestão Fernando Haddad pretende votar o projeto em definitivo até o início de maio. Nesta quarta-feira, 26, porém, os vereadores Nabil Bonduki (PT) e José Police Neto (PSD) demonstraram preocupação em relação à pressa do governo.

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Há um cronograma de audiências públicas para debater a proposta com a população. As primeiras ocorrem nos dias 5 e 6 de abril, no Auditório do Anhembi, na zona norte. São esperadas cerca de 3 mil pessoas no evento. Para virar lei, o novo Plano Diretor precisa do apoio de 33 dos 55 vereadores.

Um dos pontos que deve chamar a atenção nas audiências públicas é o planejamento local. Sobre a altura das novas edificações, o plano estipula um total de oito andares, além do térreo, no miolo dos bairros. Essa quantidade, no entanto, poderá ser ampliada em locais já totalmente verticalizados. As regras, nesse caso, serão definidas posteriormente, durante a revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo.

Diferentemente da lei atual, o novo planejamento urbanístico não estipula estoques construtivos por bairros. Não há, dessa forma, limites para a verticalização da cidade, o que já alerta parte dos vereadores. José Police Neto (PSD) afirma que o fim dos estoques permite, na teoria, a liberação de espigões em áreas que não possuem a infraestrutura necessária para receber mais moradores ou que já estão totalmente verticalizados, como Moema, na zona sul, e Perdizes, na zona oeste. "Vamos atravessar um dilema agora para sabermos como construir um cidade sem estoques e ao mesmo tempo inteligente, equilibrada, que não estoure todos os bairros."

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