Ato tem 85 ônibus depredados e prejuízo de R$ 36 mil do Metrô

Passeata pela redução da passagem do ônibus em SP começou pacífica mas descambou para a violência; vídeos mostram o dia seguinte

PUBLICIDADE

Por Renato Vieira
Atualização:

SÃO PAULO - O protesto dessa terça-feira, 11, contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo terminou com 85 coletivos depredados, segundo a SPTrans, e um prejuízo de R$ 36 mil causado pela destruição de vidros da Estações Trianon-Masp do Metrô. A companhia contabilizou R$ 109 mil em danos ao patrimônio desde o primeiro ato, na quinta-feira passada, 6. Uma nova manifestação está marcada para esta quinta, 13, às 17h, com concentração no Teatro Municipal. A pauta é a mesma: redução da passagem dos atuais R$ 3,20 para R$ 3,00 ou menos.

PUBLICIDADE

Ontem, no terceiro e maior ato da série, ao menos 19 pessoas foram presas, das quais 13 ainda permaneciam detidas na tarde desta quarta. Detidas no 78º DP (Jardins) e no 1° DP (Sé), parte delas foi indiciada por crime de dano e formação de quadrilha e parte por lesão corporal e desacato a autoridade.

Depois de seguir pacificamente por cerca de duas horas, entre as 17h45 e as 19h45,a marcha descambou para a depredação e o confronto no entorno do Terminal Parque Dom Pedro II, no centro da cidade. Já separados em blocos, os manifestantes retornaram para a Avenida Paulista, deixando para trás diversos ônibus, lixeiras e fachadas de agências bancárias destruídos. Algumas delas amanheceram com tapumes; outras já haviam reparado os estragos nesta quarta:

Na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, estabelecimentos foram pichados e quase houve briga quando um grupo tentou pichar uma academia. Alguns comerciantes disseram que pretendem fechar mais cedo durante a passeata prevista para amanhã:

Nessa terça-feira, a exemplo do que ocorreu na semana passada, a Avenida Paulista virou novamente palco de confrontos. Lixeiras foram viradas e barricadas feitas de sacos em chamas fecharam a via. A Estação Trianon da Linha 3-Verde do Metrô, alvo de pedradas mais uma vez, teve os vidros estilhaçados e chegou a ser fechada.

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.