Ativistas da Assembleia de Itu realizaram um ato teatral contra o aumento da tarifa de água em São Paulo e a "falta de controle" da gestão do governador Geraldo Alckmin sobre a crise hídrica no estado. Seis atores participaram da encenação, que foi assistida por cerca de 30 pessoas e transeuntes que passaram em frente a sede da Bovespa, na rua XV de Novembro, no centro.
A "festa do aumento da água" foi feita no local como crítica aos lucros dos acionistas da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que é uma empresa de capital aberto. "Os acionistas da Sabesp têm motivo de sobra para comemorações. A Sabesp, que tem quase a metade de seu capital aberto ao mercado financeiro, continua lucrando muito e investindo pouco", diz um texto de apresentação.
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Uma mesa foi montada em frente à sede da Bolsa de Valores e os artistas encenaram um banquete de comemoração da "divisão de lucros", com champagne e sacos de dinheiro. Um deles estava caracterizado com uma máscara de Alckmin e os outros representavam os acionistas.
Depois da brincadeira, os copos e notas de dólar falsas foram oferecidas a quem passava pelo local. "Não tem água, mas tem champagne", disseram. Ao final, o "falso Alckmin" apresentou uma solução para a falta de água em São Paulo: cultivar cactos em toda a cidade, ação informada ao lado da planta.
A Sabesp anunciou no último mês o reajuste da tarifa de água em dezembro acima dos 5,44% estabelecidos em abril. "Uma ironia ter aumento da tarifa neste momento de má qualidade de serviço", afirmou uma das participantes, Renata Amaral, de 27 anos, que é pesquisadora do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC).