Atirador de touca ninja executa PM em Lorena

Policial trabalhava em batalhão da capital; em Sorocaba, 2 foram baleados fora de serviço

PUBLICIDADE

Por Artur Rodrigues
Atualização:

Depois de uma trégua no fim de semana, o Estado de São Paulo teve outra noite de violência. Na região metropolitana, pelo menos 11 pessoas foram assassinadas, com um guarda-civil entre as vítimas. Em Lorena, na região de Campinas, um policial militar foi executado. Durante o dia, outro dois PMs que faziam segurança privada em Sorocaba foram baleados. O PM Wladimir Silvestre Costa, de 38 anos, tomava cerveja na varanda da casa de um amigo, no bairro Santo Antonio, em Lorena, quando um criminoso usando touca ninja invadiu o local. Segundo testemunhas, o criminoso disse "perdeu, perdeu" e atirou. A vítima foi baleada três vezes e morreu no hospital. Amigos disseram que Costa havia contado que sofria ameaças de criminosos da cidade após um desentendimento em um bar. Ele trabalhava no 13.º Batalhão da Polícia Militar, na capital, e teria dito que não desgrudava da arma por temer ser vítima de um atentado. O serviço de inteligência da Secretaria da Segurança Pública tem lutado para evitar mortes de policiais marcados para morrer. Em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde há uma ordem do Primeiro Comando da Capital (PCC) para matar PMs como vingança pela morte de dois assaltantes em outubro, o comando proibiu o uso de farda fora da hora de serviço. Jandira. Em Jandira, também na Grande São Paulo, o guarda-civil Givanildo Henrique da Silva, de 40 anos, foi morto a tiros por volta das 21h de anteontem, em um bar no bairro Vale do Sul. Segundo testemunhas, ele estava no local quando viu um homem vendendo drogas e o advertiu para parar. Pouco tempo depois, o homem reapareceu com outras duas pessoas, que começaram a atirar. O guarda estava armado, mas não teve tempo de reagir. A arma dele, um revólver calibre 38, sumiu na confusão. Ninguém foi preso, mas um dos criminosos foi identificado. Sorocaba. Outros dois policiais militares que faziam segurança privada foram baleados durante um assalto ontem. O carro em que eles transportavam um malote com o dinheiro de uma empresa de carnes foi bloqueado por outro veículo e pelo menos quatro homens encapuzados desceram atirando. O policial que dirigia o carro, um soldado de folga, foi atingido no peito e nas costas. O outro, um sargento aposentado, que ocupava o banco do passageiro, teve a perna perfurada à bala. Os criminosos pegaram o malote e fugiram. O assalto aconteceu na Vila Fiori, zona norte da cidade. De acordo com a Polícia Militar, os bandidos estavam em um Astra vermelho, que havia sido roubado no sábado. Eles provavelmente sabiam do transporte do malote e de que os responsáveis pela escolta seriam policiais. Os PMs não tiveram tempo de revidar os tiros. Depois do assalto, mesmo ferido, o sargento foi até um bar e pediu ajuda. O policial foi levado ao Hospital Regional e submetido a um procedimento de drenagem. No fim da tarde, ele era considerado fora de perigo. Já o sargento foi levado a um pronto-socorro municipal e recebeu alta depois de medicado. O Astra usado pelos bandidos foi abandonado. /COLABOROU JOSÉ MARIA TOMAZELA

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.