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Associação repudia prisão de jornalista durante protestos contra aumento da tarifa

Associação Cidade Escola Aprendiz afirma que profissional estava trabalhando; dois professores estão entres os 13 detidos

Por Barbara Ferreira Santos
Atualização:

SÃO PAULO - Entre os 13 detidos pela Polícia Militar na noite desta terça-feira, 11, durante a manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus que resultou em confronto em São Paulo, 11 foram transferidos na manhã desta quarta, 12,do 78º DP para o Centro de Detenção Provisória da Capital, na unidade Chácara Belém II. Dois dos presos se identificaram como professores e um é jornalista, do Portal Aprendiz.

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A prisão do jornalista Pedro Ribeiro Nogueira, de 27 anos, é contestada pela Associação Cidade Escola Aprendiz, que mantém o portal. Segundo a entidade, Nogueira estaria trabalhando durante os protestos. Em nota, a associação afirma que o jornalista foi preso "errônea e injustamente". "O que vimos foi uma ação policial baseada na truculência e na violência, o que constituiu um abuso contra as liberdades democráticas e um ataque violento à liberdade de imprensa", afirma o documento.

Segundo a mãe do jornalista, Beatriz Fátima Augusta Ribeiro, a prisão ocorreu por um mal-entendido. "Ele não é ligado a quadrilha alguma e não depredou nada. Estava com a namorada, indo para a casa dela, após o trabalho, quando tentou impedir que duas garotas apanhassem dos policiais. Foi levado à delegacia, todos os documentos que provavam que ele estava trabalhando foram apresentados, mas mesmo assim ele foi preso", afirma.

Solânge Costa Ribeiro, gestora institucional da associação, afirma que o Portal Aprendiz já acionou os advogados e está prestando apoio jurídico a Nogueira. "Ele é nosso jornalista, estava com outros dois profissionais do portal cobrindo a manifestação, como já tinha feito na cobertura da última sexta-feira", afirma. Até as 16 horas, a PM ainda não havia se pronunciado sobre a prisão. 

Outros dois presos se identificaram como professores: Ildefonso Hipolito Penteado, de 43 anos, da rede pública estadual, e Rodrigo Cassiano dos Santos, de 24. Única mulher do grupo, uma estudante de 25 anos permaneceu no 78º DP e deve ser encaminhada para o 89º DP.

 

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