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Assembléia nesta quinta define fim da greve do Metrô em SP

Metroviários pedem participação nos resultados do Metrô e terão audiência às 14 horas no TRT

Por Pedro Henrique França e da Agência Estado
Atualização:

No que depender das negociações entre os metroviários e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), a greve, que atinge nesta quinta-feira, 2, cerca de 3 milhões de usuários, continuará num impasse. Segundo a categoria dos trabalhadores, ainda não houve uma proposta por parte da companhia que atenda suficientemente suas reivindicações. Porém, uma nova assembléia na noite desta quinta-feira, 2, uma assembléia deve avaliar o fim da greve.   Trânsito ruim nas zonas leste e sul devido à greve do Metrô CET suspende rodízio em SP nesta quinta-feira Alternativas para o transporte Ônibus operam com Plano de Emergência Acompanhe na Rádio Eldorado notícias sobre a greve   O Metrô informa, no entanto, que não há previsão de ser feita uma contraproposta a já oferecida. A paralisação do Metrô foi decidida na noite de quarta-feira, 1º, e o Metrô funciona parcialmente nesta quinta. Enquanto isso, o sindicato informa que haverá uma audiência, às 14 horas desta quinta, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).   No último dia 27 de julho, a vice-presidente do TRT/SP, Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Silva, determinou aos empregados e ao Metrô que, em caso de greve, fossem mantidos 70% dos serviços nos horários de pico - das 6 horas às 9 horas e entre 16 horas e 19 horas - e 60% da operação das linhas nos demais horários, sob responsabilidade civil e penal   Apesar disso, a paralisação desta quinta não seguia a determinação. Segundo a companhia, a Linha 1-Azul, que vai da estação Jabaquara ao Tucuruvi, opera totalmente. A Linha 2-Verde, que faz a ligação entre as estações Alto do Ipiranga a Vila Madalena, funciona somente entre as estações Ana Rosa e Clínicas, que, diz o Metrô, é a parte mais crítica de movimento desta linha. As linhas 3-Vermelha e 5-Lilás, não estão funcionando. Divergências   De acordo com os metroviários, a greve continuará por tempo indeterminado até que haja consenso nas negociações. A divergência que causou a paralisação envolve a forma de pagamento da companhia com relação à Participação nos Resultados (PR). Os trabalhadores pedem uma folha e meia de pagamento, enquanto o Metrô oferece uma folha.   Outro entrave diz respeito à proporcionalidade. O Sindicato dos Metroviários pedem o pagamento da PR sem proporcionalidade, o que daria R$ 1.800. A companhia, por sua vez, fez, na quarta-feira, 1º, uma proposta de pagamento de R$ 800, sendo o restante dividido proporcional ao salário de cada funcionário.   Complicações   Com a greve, o rodízio municipal de veículos foi suspenso na capital paulista. As linhas de ônibus também foram reforçadas para atender os usuários que sofrem com a falta do Metrô. Com o aumento de veículos, o trânsito e ruim. Às 9h40, a capital registrava 147 km de lentidão, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).   As zonas sul e leste da capital eram as mais afetadas, com 50 km e 38 km de lentidão, respectivamente. As principais vias com trânsito ruim eram as marginais do Tietê e do Pinheiros, com índices de congestionamento que variavam de 8 km a 11 km, e na Avenida dos Bandeirantes, no sentido Marginal dos Pinheiros, com 5,1 km de trânsito lento.

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