PUBLICIDADE

Assassino de Realengo é enterrado

Ninguém da família compareceu ao enterro; corpo foi sepultado em cova rasa, sem lápide

Por Alfredo Junqueira
Atualização:

O corpo do atirador Wellington Menezes de Oliveira, responsável pelo massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no dia 7, foi enterrado na manhã de ontem no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na zona portuária do Rio. Nenhum parente compareceu ao sepultamento, que ocorreu em uma cova rasa, sem lápide, na quadra 49 do cemitério. O enterro foi por volta das 9 h, com base em uma autorização judicial concedida ao Instituto Médico-Legal (IML). Wellington não foi sepultado como indigente porque já havia sido reconhecido no dia do crime. O prazo para a família reclamar o corpo do atirador e providenciar o enterro havia vencido na quinta-feira. Filho de pais adotivos já mortos, Wellington tinha cinco irmãos, além de primos e sobrinhos. O local de sepultamento do corpo do atirador tem mais de 5 mil covas destinadas a indigentes ou para os casos em que a família não tem condições financeiras para pagar o enterro. Inicialmente, a Assessoria de Imprensa da Polícia Civil do Rio de Janeiro havia divulgado que o enterro de Wellington ocorreria somente na segunda-feira e seria no Cemitério de Santa Cruz, na zona oeste da cidade. A assessoria não soube informar se a mudança ocorreu para evitar tumulto durante o transporte do corpo do atirador e seu sepultamento. Wellington matou 12 estudantes da Escola Municipal Tasso da Silveira. Outros 12 jovens foram feridos pelos 66 tiros disparados pelo atirador. Atingido pelo sargento da Polícia Militar Márcio Alexandre Alves quando partia para atacar outra sala, o assassino caiu ferido e se matou com um tiro na testa. Wellington, que sofria de transtornos mentais, deixou vídeos gravados antes do massacre, dizendo que sua motivação seria uma resposta ao bullying sofrido por ele no período em que estudou na unidade. O atirador tinha 24 anos. Feridos. Entre os estudantes atingidos por Wellington quatro ainda estão em recuperação em hospitais estaduais - todos em situação estável.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.