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As musas que comandaram o show na Sapucaí

O perfil magro desafiou o reinado das morenas curvilíneas à frente das escolas; e ainda há lugar para quem não tem samba no pé

Por Alexandre Rodrigues e RIO
Atualização:

Entra ano, sai ano, e as rainhas de bateria das escolas de samba são reverenciadas na Sapucaí, capturando todos os olhares e flashes. São também alvo de muita língua afiada, até mesmo dos diretores de harmonia, que suam para dispersar o bolinho de fotógrafos em torno delas, mas ninguém tira o olho das musas da passarela.Na Vila Isabel, Sabrina Sato precisou se desvencilhar também do prefeito Eduardo Paes (PMDB), que não saiu de perto dela durante boa parte do desfile da escola. Seu perfil mestiço, aliás, agradou aos fotógrafos.Estreante, a atriz Ana Furtado compensou a falta de samba no pé com carisma e muita energia, eriçando as asas como se comunicasse algo aos componentes, que defendiam o enredo sobre superação. Ana fazia par com Antonia Fontenelle, da Mocidade Independente de Padre Miguel, no perfil magra e branquela que, em 2012, encontrou lugar no reino das morenas curvilíneas e bombadas. Antonia só tinha em comum com Raíssa Oliveira, rainha da bateria da Beija-Flor desde a adolescência, o esplendor multicolorido que também foi visto na fantasia de Patricia Nery, na Renascer. Já o corpo musculoso não tirou a leveza e a graça da rainha de bateria da Tijuca, Gracyanne Barbosa.Já as modelos e atrizes que não têm samba no pé, mas ficam mais do que à vontade sob os holofotes do samba, têm de recorrer a outros atributos. Que o diga Luiza Brunet (Imperatriz). Ela é a inspiração da rainha da Ilha, Bruna Bruno, que não é artista nem integra o time das supersaradas. Trata-se de uma empresária nascida e criada na Ilha do Governador.Com instrumentos. Viviane Araújo brilhou entre as divas de formas mais generosas. Ela empolgou mais uma vez empunhando um tamborim do seu Salgueiro à frente da "bateria furiosa" da escola. Na Portela, Sheron Menezes também apareceu com um instrumento nas mãos, um agogô.

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