
11 de maio de 2016 | 19h59
SÃO PAULO - A manifestação feita ontem pelos taxistas teve adesão muito menor do que esperava o Sindicato dos Motoristas de Empresas de Táxi (Simtetaxi) por causa de uma articulação das próprias empresas de frota, que proibiram seus motoristas de participar dos protestos.
A proibição se deu por dois motivos: as empresas avaliaram como negativa a radicalização dos protestos, conduzidos pelo presidente do sindicato, Antonio Matias, o Ceará, e porque acreditam que será mais fácil negociar com a Secretaria Municipal dos Transportes, que acertará os detalhes finais da política de compartilhamento de carros.
Até anteontem, o decreto esteve sob responsabilidade da SPNegócios, empresa da Prefeitura que construiu o texto do decreto, em parceria com empresas de aplicativos – tanto o Uber quanto os aplicativos de táxi, como a 99 e a EasyTaxi. Os empresários das frotas avaliaram que, ali, as chances de obter termos favoráveis era menor.
Já com Jilmar Tatto, secretário de Transportes, esses empresários avaliaram que é possível chegar a termos “mais favoráveis”. Serão portarias de Tatto que vão definir qual será a taxa que os aplicativos pagarão por quilômetro rodado – estimada em R$ 0,10 – e qual será o limite de quilômetros liberados.
A Prefeitura não comentou a posição dos empresários. A Associação das Empresas de Frotas de Táxi (Adetax) também não. No protesto de ontem, os taxistas se queixaram da pouca força. “A pedido de alguns líderes, acabamos dispersando para não atrapalhar o trânsito”, disse Euzito do Amaral. “Achei que teria mais gente. Mas vamos continuar fazendo pressão”, disse Lélia Lopes, de 46 anos, recém-sorteada para participar do táxi preto.
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