Arrastão termina com suspeito morto por policial no Morumbi

Homem estaria assaltando veículos que paravam em semáforo; uma das vítimas, que era investigador do GOE, reagiu e disparou

PUBLICIDADE

Por Felipe Resk
Atualização:

Atualizada às 20h12

PUBLICIDADE

SÃO PAULO - Um suspeito foi morto a tiros por um policial civil durante um arrastão na Rua Doutor Flávio Américo Maurano, no Morumbi, zona sul da capital paulista, na manhã desta quarta-feira, 28. Junto com outros sete comparsas, Fagner Lourenço dos Santos, de 19 anos, estaria de motocicleta abordando veículos que paravam no semáforo com a Avenida Morumbi, antes de ser surpreendido pelo investigador Guilherme da Silva Del Gaudio, de 26 anos, do Grupo de Operações Especiais (GOE).

Na delegacia, Gaudio disse que parou atrás de outros carros na faixa da direita, por volta das 6h15, quando percebeu a aproximação de quatro motocicletas, cada uma com duas pessoas. Os ladrões teriam roubado dois motoristas na faixa do meio e outro veículo na esquerda. Depois, um deles teria apontado a arma na sua direção e afirmado: "Vai você também! Eu vou te matar." O policial, então, se identificou e reagiu.

Arrastões no Morumbi. Em 28 de outubro, aárea precisou ser isolada para realização da perícia, e o corpo do suspeito foi coberto por um lençol Foto: Marcos Bezerra/Futura Press

Houve troca de tiros, Santos acabou atingido e morreu no local. Os peritos encontraram o corpo caído na via com marcas de quatro disparos, dois no tórax e dois nas costas. Com o suspeito, foi apreendida uma arma de brinquedo. O carro do policial também foi atingido por quatro tiros. No local, foram colhidas 11 cápsulas calibre .45. Os outros sete assaltantes fugiram com carteiras, cartões de crédito, celulares, joias e dinheiro. Parte deles correu em direção a Paraisópolis.

"Não houve pânico, todo mundo cedeu e entregou o que pediram", afirmou uma das vítimas, que preferiu não se identificar. "Eles sacaram a arma e fizeram um arrastão no semáforo. Em seguida, começou um tiroteio e eu me abaixei no carro", disse o homem, que teve o relógio, aliança e carteira roubados pelos ladrões.

A polícia suspeita que o grupo tenha participação em outros ataques. "Há uns 30 dias, uma moto vermelha e outra preta fazem assalto em vários pontos da região. Eles atacam ou às 6h ou entre 22h e 23h, quando o trânsito facilita a fuga e os policiais não conseguem dar conta de todos os pontos", disse Celso Cavalli, presidente do Conselho de Segurança (Conseg) Morumbi.

O caso foi registrado como roubo e morte decorrente de intervenção policial e é investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.