Arquivo nacional vai exibir Lei Áurea

Há ainda outros objetos, como o diário de Pedro II

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Por Heloisa Aruth Sturm
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Uma série de documentos que ajudam a traçar um panorama da história do País estará em exposição na mostra Arquivos do Brasil, Memória do Mundo, que será inaugurada na sede do Arquivo Nacional, no centro do Rio, na terça-feira. A exibição, com mais de 400 documentos, reúne itens de 45 instituições brasileiras que possuem acervos reconhecidos pelo Programa Memórias do Mundo (Memory of the World), da Organização das Nações Unidas.

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Uma das principais peças da exposição envolve a família real: o original da Lei Áurea, que completa 125 anos no próximo dia 13 de maio. Assinada pela Princesa Isabel, a lei que aboliu a escravatura no Brasil é manuscrita em pergaminho e será mostrada em seu estojo original, feito de couro com detalhes em folha de ouro. "Ela foi feita mesmo para ser um documento-monumento", ressalta a curadora do Arquivo, Denise de Morais Bastos. Mas, pela raridade, a lei ficará exposta somente durante os primeiros 15 dias da mostra.

Será mostrado também um dos nove volumes que compõem os Autos da Devassa, uma coletânea sobre a Inconfidência Mineira, movimento contrário à Coroa Portuguesa iniciado em 1789 pela elite local de Vila Rica, atual Ouro Preto. O documento escolhido para integrar a exposição é a sentença de morte dada a Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, assinada em dia 18 de abril de 1792

Há ainda manuscritos de Machado de Assis e Guimarães Rosa, partituras de O Guarani, de Carlos Gomes, cartas do antropólogo Claude Lévi-Strauss e reproduções do diário de viagens de D. Pedro II.

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