
19 de julho de 2007 | 18h42
"O movimento na área de controle da terminal de São Paulo na hora do acidente era considerado normal." O relato foi feito pelo chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo, coronel Carlos Minelli de Sá, na tarde desta quinta-feira, 19, em entrevista coletiva. Sá disse que no momento da queda do Airbus A-320 da TAM a comunicação entre os controles de aproximação e da Torre de Congonhas era normal - sem interferências de rádios piratas, chovia levemente e a visibilidade era boa. Veja também: Lista completa dos mortos Quem são as vítimas do vôo 3054 As histórias das vítimas da tragédia O local do acidente Opine: o que deve ser feito com Congonhas? Os acidentes mais graves da aviação brasileira Cronologia da crise aérea Conheça o Airbus A320 A repercussão da tragédia no mundo Assista a vídeos feitos no local do acidente Conte o que você viu e o que você sabe De acordo com ele, no horário do acidente, 13 aeronaves aguardavam para aterrissar em Congonhas e cinco para decolar. Os aparelhos de auxílio de navegação, como o ILS, não apresentavam problemas. Mas, pouco antes da queda do Airbus, entre 17h07 e 17h30, as operações foram suspensas no aeroporto, após o aviso de uma aeronave da GOL que a pista estava escorregadia, segundo o coronel. "Em todas as ocasiões em que foi reportada pelas tripulações a condição de pista escorregadia a Torre de Controle além de fazer o registro no livro ela informou o Centro de Operações da Infraero tal situação solicitando que fosse verificado a condição da pista. Em todas as ocasiões que a Infraero informou que a pista estava operacional as operações retomaram", disse Sá. A partir da liberação da pista no fim da tarde de terça-feira até o acontecimento do pior acidente aéreo da história do País, às 18h50, Sá explicou que houve 40 pousos e decolagens na pista principal e 11 na auxiliar "sem que fosse feito nenhum reporte de qualquer anormalidade". Na quarta-feira, Sá ressaltou que uma aeronave fez um vôo de verificação e corroborou a normalidade dos equipamentos de comunicação e navegação. O chefe do SRPV ressaltou que a "terminal de São Paulo é de longe a terminal de maior movimento de tráfego aéreo da América Latina". Ele também defendeu a atuação dos profissionais da Torre: "Os supervisores do controle de aproximação e da Torre têm no mínimo 20 anos de serviço. São pessoas habilitadas, profissionais competentes. E com esse volume de tráfego aéreo (uma média de 1,4 mil aeronaves por dia) eles não têm tempo de pensar em outra coisa se não seja trabalho".
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