27 de fevereiro de 2013 | 02h06
Por meio de obras viárias e de drenagem, da criação de corredores de ônibus e construção de até 30 mil unidades de habitação populares, o projeto vai tentar equilibrar as ofertas de trabalho e moradia na região, equivalente a 37 parques do Ibirapuera. Isso poderia contribuir para diminuir os deslocamentos na cidade.
O modelo foi apresentado ontem, na primeira reunião pública sobre o projeto. Interessados em participar do Arco Tietê têm até 7 de março para se inscrever na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano - o prazo ainda pode ser alterado. A partir dessa data, as empresas terão 60 dias para apresentar ideias e conceitos gerais.
Técnicos da secretaria vão selecionar as melhores propostas e reuni-las em uma audiência pública na primeira semana de junho. A partir daí, as empresas terão seis meses para detalhar as ideias selecionadas. O tema voltará a ser debatido com a sociedade em setembro e dezembro.
No fim do ano, a Prefeitura poderá lançar licitações separadas para algumas das obras planejadas, uma parceria público-privada ou utilizar a concessão urbanística - o Ministério Público questiona a validade do instrumento em duas ações.
Os escritórios de arquitetura serão pagos proporcionalmente ao aproveitamento das ideias, o que já rendeu críticas de urbanistas ao fim do encontro de ontem. "A Prefeitura reduz o leque de participação nas propostas às empresas que têm capacidade financeira de executar um projeto por meses e correr o risco de não receber nada no fim do processo", disse o arquiteto Lourenço Gimenes.
O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, afirmou que o processo segue o que está previsto em lei. O chamamento público para o Arco Tietê foi feito depois que Odebrecht e OAS sugeriram um estudo semelhante à Prefeitura no ano passado.
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