
08 de abril de 2012 | 03h00
"Se você é solteiro e vai ao cinema, paga US$ 12 de ingresso e pronto. Já se for casado e quiser ir com o marido ou a mulher assistir a um filme, paga os dois ingressos mais US$ 20 por hora para a babá, que ficará quase quatro horas na sua casa. O programa, no fim, custa mais de US$ 100", diz a advogada Paula Homor, mãe de dois filhos e mulher de um executivo austríaco.
Há casos de mães de classe média que pedem licença ou se demitem do emprego para cuidar dos filhos, deixando a carreira de lado, porque seus salários são equivalentes ou menores do que os das babás.
"No Brasil, muitas pessoas de classe média têm babás. Aqui não é bem assim. É algo para os muito ricos. Por causa disso, muitas mães brasileiras de Nova York acabam insatisfeitas com o custo de ter alguém para cuidar os filhos e apelam para as babás de origem hispânica, que não possuem muitas vezes as qualidades das brasileiras, mas cobram menos", afirma Paula.
Custo de vida. Para Débora Duval, que tem babá três vezes por semana, "Nova York tem muitas pessoas ricas e isso eleva o poder de barganha das babás". "Além disso, todos sabem do elevado custo de vida aqui. Patrões têm de levar isso em conta", diz. / G.C.
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