13 de outubro de 2011 | 22h49
Ele explica como funciona o albergue. "São 70 vagas para moradores registrados, que podem ficar aqui até seis meses - ou, em alguns casos, um pouco mais. Temos de chegar até as 20h30 da noite e sair do prédio às 6h. Mas eles dão almoço, jantar, é tudo limpinho e organizado." Há dez outras vagas para pernoite, abertas para os primeiros moradores de rua que se apresentarem. "Quando está frio, costuma dar uma fila gigante."
De seu lado, o publicitário Ricardo Donizetti dos Santos, morador do albergue há dois meses, reclama do que ele chama de "apartheid social". "As pessoas tomam a parte como o todo. Se veem um morador de rua fumando crack e roubando, acham que todos são assim. Mas aqui no albergue a maioria é trabalhadora. E tem gente até com diploma universitário, como eu."
O eletricista Luís concorda. "Ninguém quer pobre do lado de fora de casa. Mesmo sem nem conhecer que tipo de gente mora nesse albergue."
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