02 de abril de 2014 | 02h06
Tinha 14 ou 15 anos quando foi estudar em Coimbra e conheceu a Companhia de Jesus, recém-fundada por Inácio de Loyola. Tornou-se jesuíta em 1551; dois anos depois, desembarcou na Bahia como missionário. Ainda estudante, participou da fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, berço de São Paulo, em 25 de janeiro de 1554.
Apesar da saúde fraca, passou 44 anos catequizando os índios e ensinando para os filhos de colonos portugueses. Aprendeu o tupi e inovou o ensino, ao escrever uma gramática nessa língua. Compôs em latim o poema De Beata Virgine Matre Dei Maria (A Beata Virgem Maria Mãe de Deus), de 5.732 versos, imitando a métrica do poeta Ovídio. Diz a lenda que Anchieta teria rabiscado os versos na areia da praia de Iperoig, atualmente Ubatuba, onde era prisioneiro dos tamoios. O missionário foi preso e ameaçado de morte quando tentava negociar a paz entre os tupis amigos dos portugueses e os tamoios, aliados dos franceses, que invadiram o Rio.
Anchieta tinha 32 anos quando recebeu a ordenação sacerdotal na Catedral de Salvador.
Morreu com fama de santo milagreiro. Dominava as ondas do mar, afastava tempestades, controlava animais ferozes, curava doentes e previa acontecimentos futuros, afirmavam pessoas na época. Constou até que "ressuscitou" um morto, quando, na verdade, reanimou um menino que fora enterrado vivo.
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