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Após rodar o mundo, artista se fixa em SP

Valerio Festi trouxe da Itália projetos que incluem de concerto musical com fogos de artifício a festas cívicas e religiosas

Por Edison Veiga
Atualização:

Foi na virada dos anos 1960 para 1970 que o artista italiano Valerio Festi (nascido em 1953, em Bolonha) decidiu que seu palco seriam as praças, as cidades, o céu. Começou a carreira quando estudava Ciência do Entretenimento na Universidade de Bolonha. Quarenta anos se passaram até que, em 2010, decidiu se fixar em São Paulo. Dono de uma empresa de intervenções artísticas, ele realiza projetos que incluem de concerto musical sincronizado com fogos de artifício a grandes festas cívicas e religiosas. E se autodefine como "arquiteto de eventos". Suas apresentações podem trazer figuras da Renascença, show de luzes ou mesmo neve em pleno país tropical. Sempre de chapéu e falando em italiano - ele ainda não aprendeu bem o português -, Festi se encantou com São Paulo. "Estar aqui é participar desse 'rio magmático' que escorre um dia após o outro. Isso me entusiasma", conta. "Enquanto a Europa traçou sua história passo a passo, o Brasil dá pulos, indo adiante e fazendo em pouquíssimo tempo um percurso que a Europa levou muito tempo para fazer.""Com a profissão que escolhi, me interessa elaborar festas das ocasiões mais diversas, desde a inauguração de um museu à celebração do aniversário da cidade. Fico fascinado em tratar dos aspectos coloridos e culturais da vitalidade da cidade e vim para São Paulo porque é a metrópole do Brasil que mais pode estimular o pensamento da cidade do futuro, pela oferta cultural e pelo inúmeros momentos festivos." Pelo mundo. E é desta forma que ele explica o fato de sediar seu estúdio nos Jardins, no coração de São Paulo, após ter feito obras em mais de 200 cidades, entre elas Paris, Moscou, Tóquio e Praga. Em 2009, por exemplo, coube a ele a parte criativa da cerimônia de abertura do Campeonato Mundial de Natação, em Roma. No Brasil, o trabalho que mais mexeu com ele foi o evento natalino de Curitiba, no fim de 2011. "Sem dúvida, foi o que mais marcou."

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