Após multa, bares de Ribeirão se adaptam

A unidade da Choperia Pinguim instalada no shopping fechou varanda usada por fumantes depois de ser autuada

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Por Brás Henrique
Atualização:

RIBEIRÃO PRETOJosé Paulo Ferreira, sócio-proprietário da Choperia Pinguim, um dos cartões-postais de Ribeirão Preto, não concorda com a lei antifumo, que considera radical. Porém, ele diz que, após as críticas iniciais, os fumantes estão se habituando a fumar nas calçadas, fora do estabelecimento. Fiscais sanitários do Estado passam nas três casas da rede periodicamente, entre uma semana e dez dias. Na principal choperia, no centro, onde a casa funciona desde os anos 1930, uma varanda externa foi isolada do ambiente interno, impedindo a entrada de fumaça. No Pinguim do RibeirãoShopping, a mesma tentativa de isolamento numa varanda externa não deu certo - a fiscalização multou o estabelecimento. Foi uma das 12 multas aplicadas na região de Ribeirão Preto, das 24.747 fiscalizações ocorridas em 26 cidades da região no primeiro ano da lei antifumo, até setembro, segundo a Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual de Saúde. Para evitar a reincidência e o consequente fechamento da casa no shopping, Ferreira proibiu totalmente o fumo naquele estabelecimento.Alexandre Zanin é dono da casa de shows Vila Dionísio, com unidades em Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. "A fiscalização era maior no começo, até para conscientizar as pessoas, hoje é mais esporádica", afirma Zanin. Alguns episódios isolados com clientes incomodaram inicialmente, mas foram contornados. "Para nós, (a lei) veio muito bem, pois não tínhamos autonomia para proibir o fumo. O público se adaptou fácil, pois é a mesma realidade em toda a cidade", argumenta ele.O marceneiro André Boldini aprovou a proibição, embora não tenha presenciado nenhuma fiscalização. "Acredito que ela exista e os bares estão respeitando a lei, que é ótima", diz ele, que não fuma.

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