18 de setembro de 2013 | 02h01
Uma amiga da família também afirmou que Mary participou da festa de aniversário de uma amiga de sua filha mais nova na quinta-feira. Os convidados acharam estranho que a mãe tenha comparecido sem as filhas. "Supõe-se que ela teve condições de acionar a polícia e não o fez", disse Contrera.
O delegado espera ouvir a acusada hoje. Mary continua internada no Hospital Universitário, onde passou por exames ontem. "Acredito que o problema financeiro fez com que ela surtasse", disse Contrera. Ela é investigada por apropriação indébita e estelionato - quatro ocorrências foram registradas neste ano. Segundo o delegado, a mulher pode ter se apropriado indevidamente de cerca de R$ 215 mil dos seus clientes.
Mary era dona da Knorr Empreendimentos Imobiliários, mas, segundo o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), não há registro de corretor de imóveis em seu nome. No site da imobiliária, ela apresentava o registro do ex-marido, Marco Antonio Victorazzo, pai das meninas assassinadas. Segundo amigos das vítimas, Mary e Marco estão separados desde o ano passado.
De acordo com o delegado, Mary só não conseguiu se matar porque outra filha, do primeiro casamento, foi até a casa com o irmão, no sábado. Ao não ter resposta, pediu para uma vizinha pular o muro. Eles verificaram que a porta trancada e sentiram cheiro de gás. Ela ligou para os bombeiros, que entraram na casa e encontraram Mary na sala.
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