Após invadirem casa, criminosos fazem refém na zona leste de SP

No momento da rendição, o proprietário da casa teria segurado uma das armas abandonadas pelos criminosos e apontado contra eles

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Por Felipe Resk
Atualização:

Atualizado às 9h50 SÃO PAULO - Dois criminosos, um menor de idade e outro de 18 anos, fizeram uma família de refém por cerca de duas horas dentro de uma casa na região do Aricanduva, zona leste da capital paulista, na manhã desta quinta-feira, 18. Os dois foram presos pela Polícia Militar.

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Por volta das 5h50, a dupla invadiu a casa, localizada na Rua Coronel João de Oliveira Melo, no bairro Vila Rica, quando o proprietário da casa, de 71 anos, abria o portão para ir ao trabalho. Armados com dois revólveres calibre 38 e calibre 22, os bandidos teriam aproveitado o momento para anunciar o assalto.

Segundo a PM, três pessoas moravam no local - um casal e uma filha - mas os assaltantes acreditavam que faziam apenas o dono da casa de refém, que foi rendido e amarrado. Durante a ação dos criminosos, a esposa dele ficou escondida nos fundos da propriedade e a filha do casal conseguiu fugir e acionar a Polícia Militar.

Os policiais chegaram ao local no momento em que os bandidos se preparavam para sair com objetos roubados. Segundo a PM, televisões e eletrodomésticos estavam arrumados na porta da sala das vítimas. A casa foi cercada pelos oficiais.

O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi acionado para negociar a liberação dos reféns com os assaltantes. "Eles chegaram a agredir algumas vezes o senhor, que ficou com os dois braço machucados", afirmou o primeiro-tenente Bruno de Freitas Alvarenga, do 19º Batalhão da Polícia Militar, que liderou as negociações.

Como exigência para rendição, os criminosos pediram a presença da imprensa e de parentes. "Era para passar segurança. Quando eles viram que estávamos cumprindo com os procedimentos da negociação, resolveram se entregar", disse Alvarenga.

Os dois se renderam por volta das 8 horas, quando saíram da casa vestidos com coletes à prova de balas e com as mãos para o alto. Cumprindo o acordo feito com a PM, a dupla deixou as armas sobre o teto de um carro que estava estacionado na garagem.

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Nesse momento, o dono da casa teria segurado um dos revólveres e apontado contra os assaltantes, que saíram correndo. "Infelizmente, é um risco que a gente corre numa ocorrência dessa, da vítima ficar com raiva e tentar vingança", afirmou Alvarenga. A vítima foi contida pelos policiais.

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