Após incêndio, edifício Moinho é finalmente demolido na Barra Funda

Fogo que também atingiu favela matou duas pessoas e interditou parte de duas linhas da CPTM

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Por Adriana Ferraz
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SÃO PAULO - Foi finalmente demolido, às 20 horas de domingo, o prédio destruído durante um incêndio na Favela do Moinho, em dezembro do ano passado, na região da Barra Funda, zona oeste.

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O edifício de seis andares e 20 mil m² de área construída havia sido parcialmente implodido no dia 1.º e apresentava riscos à circulação dos vagões da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) - a favela é colada à linha.

Segundo a Fremix, empresa chamada pela Prefeitura para demolir o prédio de forma emergencial, cerca de 30 pessoas trabalharam dia e noite, em três turnos, para finalizar o serviço. Três máquinas auxiliaram os operários. No local, agora, só é possível identificar montes de ferro retorcidos.

Após a implosão parcial, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) anunciou que a conclusão da demolição ocorreria em até 15 dias. O sócio-diretor da empresa, Nelson Sampaio Pereira, afirmou ontem que foi possível terminar antes do prazo porque a equipe "pegou o jeito da coisa".

Agora, segundo ele, será iniciada a separação de ferro e concreto. "Em seguida, vamos limpar toda a área e fazer as aplicações do material nas ruas da periferia." A previsão é de que essa fase seja concluída até o fim de junho. Parte do entulho do Moinho já foi usada na pavimentação da Avenida Sapopemba.

Vítimas. O incêndio atingiu 368 barracos e deixou cerca de 1,5 mil desabrigados. As famílias que permanecem no local devem ser removidas pela Secretaria Municipal da Habitação e transferidas para unidades populares. No futuro, o plano é transformar o local em parque.

Segundo a Prefeitura, três terrenos já estão em análise para receber as famílias que ocupam o Moinho. Até lá, as prejudicadas pelo fogo receberão bolsa-aluguel no valor total de R$ 1,2 mil.

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