
16 de dezembro de 2010 | 00h00
A conquista da Mesa Diretora da Câmara era o teste de fogo para Kassab se fortalecer como liderança no cenário nacional. Também foi a manifestação de prestígio político que ele precisava para se cacifar tanto dentro do seu partido, o DEM, comandado pela ala carioca da sigla, quanto no PMDB, que estuda ceder o espólio quercista para o prefeito. Kassab agora pode encurralar os Democratas: ou vira o "dono" do partido ou vai para o PMDB.
Enquanto Kassab manobrou com lideranças nacionais em viagens a Brasília nos últimos 40 dias, os vereadores do PT não conseguiram mobilizar os caciques nacionais do partido no pleito municipal, maior parte envolvida com a transição do governo Lula. A estratégia da oposição é aproveitar os ressentimentos dos vereadores do "centrão" num bloco mais coeso, com cerca de 20 vereadores. E estabelecer uma divisão de tarefas, criando dificuldades dentro da Casa para aprovar as propostas de Kassab.
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