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Após Câmara emperrar privatização do Anhembi, Doria diz ter 'garantia' de aprovação esta semana

Infidelidade na base aliada de Doria, que causou um novo revés na votação do projeto, levou à demissão de quatro funcionários ligados a vereadores 'infiéis'

Por Juliana Diógenes
Atualização:
Vista aérea do Complexo do Anhembi, zona norte de SP Foto: Gabriela Biló/Estadão

O prefeito de São Paulo João Doria (PSBD) disse neste domingo, 3, que a proposta de privatização do Complexo do Anhembi, na zona norte de São Paulo, será aprovada na próxima semana. O programa de venda, que aguarda votação definitiva desde setembro, foi fatiado pela Câmara Municipal há duas semanas ao ser dividido em dois projetos de lei distintos. 

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"Ele será aprovado pela Câmara Municipal esta semana. Já tenho a garantia dos líderes que estão apoiando e que vão votar. E do presidente da Câmara (Milton Leite, do DEM) também", disse Doria, dois dias após exonerar quatro funcionários ligados a vereadores "infiéis" na Câmara

Questionado sobre o motivo para as demissões, o prefeito minimizou, afirmando que todo dia ocorrem exonerações e que as demissões dos quatro funcionários não tiveram "um motivo especial".

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A infidelidade na base aliada de Doria, que levou a um novo revés na votação do projeto de privatização nesta quinta-feira, 30, custou cargos dentro da Prefeitura. A administração tucana decidiu demitir ao menos quatro funcionários indicados por vereadores do PRB, entre os quais Souza Santos, apontado como líder do motim que barrou a proposta de Doria.

Entre os exonerados, estão o secretário adjunto de Habitação, Gilmar Souza Santos, irmão do vereador do PRB. Outra pessoa ligada ao parlamentar Souza Santos que perdeu cargo na Prefeitura foi a superintendente do Serviço Funerário, Marcia Mendes. Os chefes de gabinete das prefeituras regionais de Itaim Paulista e Sapopemba, ambas na zona leste da capital, também tiveram de entregar seus cargos.

O projeto de lei sobre o assunto já havia sido aprovado em primeira votação na Casa em setembro. A separação da proposta em duas se deu após governo e a base chegarem a um consenso de que o projeto de lei deveria garantir uma maior possibilidade de desenvolvimento imobiliário da região. 

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