Após atentado, Catedral vai reforçar sistemas de segurança em Campinas

Conforme o pároco, monsenhor d. Rafael Capelato, o monitoramento interno e externo será ampliado com a instalação de novas câmeras

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Por José Maria Tomazela
Atualização:
Ataque a tiros deixou seis mortos em Catedral da Campinas, em São Paulo Foto: Ari Ferreira/AFP

SOROCABA – Após o atentado de terça-feira (11), que deixou seis pessoas mortas, incluindo o atirador, e três feridas, a Catedral Metropolitana de Campinas vai reforçar a segurança do templo. Conforme o pároco, monsenhor d. Rafael Capelato, o monitoramento interno e externo será ampliado com a instalação de novas câmeras. Membros da Cúria Arquidiocesana vão se reunir na próxima semana para discutir o projeto. O encontro deve acontecer após a missa de 1.o dia, em homenagem às vítimas, marcada para as 12h15 de segunda-feira (17).

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De acordo com d. Rafael, o objetivo não é tornar a Catedral uma fortaleza blindada, mas tomar medidas que contribuam para dar mais segurança aos fiéis. Ele lembrou que o templo católico deve continuar de portas abertas para a população, mas o sistema de segurança é antigo. As câmeras estão instaladas em pontos esparsos, no interior da igreja, e as imagens não primam pela qualidade. 

Durante o evento trágico de segunda-feira, apenas uma câmera conseguiu capturar imagens de parte do acontecido. Conforme o pároco, o conteúdo das câmeras foi disponibilizado à Polícia Civil. Ele disse que a tragédia também deixou marcas no patrimônio da paróquia. A Catedral teve 26 bancos danificados por perfurações de tiros e algumas paredes laterais também ficaram com marcas de balas.

O pároco lembrou que o policiamento no entorno da Catedral havia sido reforçado no início do mês por conta da operação Natal Seguro. Houve aumento de 60% no efetivo da Polícia Militar na região. Além da PM, participam das ações a Guarda Municipal e outros órgãos de segurança.

Isso explica, segundo ele, a pronta intervenção de guardas municipais e integrantes da PM quando o atirador iniciou os disparos. Antes de se matar, Euler Grandolpho foi atingido e neutralizado pelos tiros dos policiais – ele ainda tinha um revólver carregado e dois pentes municiados, além de outras munições intactas.

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