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Após 5 horas interdição, CPTM libera circulação da Linha 7

Viga de 16 toneladas caiu entre as estações Francisco Morato e Baltazar Fidelis e interrompeu a circulação

Por Solange Spigliatti
Atualização:

Os trens da Linha 7-Rubi voltaram a circular normalmente às 9 horas desta terça-feira, 2. A linha ficou com a circulação interrompida devido à queda de uma viga de 13 metros e 16 toneladas entre as estações Francisco Morato e Baltazar Fidelis da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O acidente às 2 horas desta terça e, por volta das 7h50, um dos sentidos já havia voltado a circular. A circulação dos trens da CPTM começa às 4 horas e ficou prejudicada durante cerca de 5 horas. Veja também:Queda de viga interdita estação da CPTM  A interrupção complicou a vida dos usuários que precisavam seguir em direção à Estação da Luz, no centro de São Paulo. Para atender a quantidade de passageiros, a CPTM disponibilizou 50 ônibus para percorrer o trajeto. No entanto, a fila e a espera era grande e dava voltas no quarteirão.   Por volta das 8 horas, o trecho teve a via sentido Luz liberada e os trens passaram a circular alternadamente nos dois sentidos. Os trilhos do outro sentido devem ser liberados até o fim da manhã, segundo previsão da CPTM. O trecho ficou interditado totalmente após a queda de uma viga de 13 metros de extensão e 16 toneladas que estava sendo manipulada por funcionários da Prefeitura de Francisco Morato. A viga, que atingiu os cabos de rede aérea que alimentam a energia no trem, faz parte da obra de uma passarela de um terminal de ônibus da região, segundo a CPTM. Alternativa  Para atender os passageiros, foram acionados 50 ônibus do Plano de Apoio Entre Empresas Frente a Situações de Emergência (Paese) para operar entre as estações Francisco Morato e Baltazar Fidélis. As filas davam volta no quarteirão, por causa da demanda: passam diariamente 40 mil pessoas pela Estação Francisco Morato. Entre as 4 horas, quando a estação abre, e as 8h30, são 16 mil. Segundo a CPTM, o trajeto de ônibus era feito em 10 minutos, enquanto o de trem, em 4. Além dos passageiros de Francisco Morato, quem vinha da região de Jundiaí com destino a São Paulo também tinha de pegar o ônibus gratuito - em Francisco Morato - até Baltazar Fidélis. Durante o período, não foram cobradas passagens dos ônibus nem dos trens. Às 5h30, centenas de pessoas esperavam para entrar em um dos ônibus - enquanto em cada vagão do trem cabem 350 pessoas, cada ônibus podia transportar apenas 50. Muitas chegavam a desistir de ir ao trabalho e ocupavam os telefones públicos para avisar os patrões da falta de trens. "Entro no trabalho, na Consolação, às 7h. São 6h15 e ainda estou no ponto. Vou ser mandado embora", disse um ajudante, que pediu para não ser identificado. A secretária Maria Madalena chegou no ponto às 5h, apesar de normalmente embarcar no trem das 6h. "Não sabia do acidente, mas teve a coincidência de vir mais cedo. Dei sorte. Espero chegar a tempo", afirmou ela, que entrava no trabalho, no Butantã, às 8h, e subiu em um dos ônibus por volta das 6h30. As causas do acidente serão apuradas, segundo o gerente de operação das linhas 7 e 10, Wellington José Berganton. Alguns fios da CPTM tiveram de ser substituídos, pois se romperam. Duas equipes da CPTM trabalharam para retomar as operações. Texto alterado às 12h48 para acréscimo de informações.

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