Após 16 anos, médico que matou a mulher em Fernandópolis é preso
Luiz Henrique Semeghini se entregou à polícia depois de condenação pelo crime ter sido confirmada em 2ª instância; TJ suspendeu direito de recorrer em liberdade
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Por José Maria Tomazela
Atualização:
SOROCABA - O médico Luiz Henrique Semeghini, de 57 anos, foi preso na tarde desta terça-feira, 22, em Fernandópolis, no interior de São Paulo, 16 anos depois de ter matado a mulher, Simone Maldonado, com sete tiros. O médico se entregou à polícia depois de ter a condenação pelo crime confirmada em segunda instância. Acatando novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu o direito do réu de recorrer em liberdade.
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O Tribunal do Júri havia condenado Semeghini a 16 anos e 4 meses de prisão, mas a 2ª Câmara de Direito Criminal do TJ reduziu a pena para 12 anos porque o médico confessou o crime.
O otorrinolaringologista se apresentou à polícia acompanhado da atual mulher, Valéria Bilar, e foi levado para a Cadeia Pública de Santa Fé do Sul.
O advogado do médico, Alamiro Velludo Salvador Netto, vai esperar a publicação do acórdão para decidir sobre novos recursos. "Houve uma vitória importante, ainda que parcial, que foi a redução da pena para 12 anos", disse.
Os 30 distritos de SP com as maiores taxas de agressão a mulheres
1 / 31Os 30 distritos de SP com as maiores taxas de agressão a mulheres
28º lugar - Anhanguera
Com 3,48, odistrito de Anhanguera, na região noroeste da cidade, ocupa a 28ª colocação entre os que registram maior taxa de agressão a mulherres Foto: Nilton Fukuda/Estadão
25º lugar - Cachoeirinha
Na zona norte da cidade, o distrito de Cachoeirinha ocupa a 25ª colocação, com índice de 3,61 Foto: Vitor Tavares/Estadão
20º lugar - Vila Matilde
Em Vila Matilde, na zona leste da cidade, o índice é de 5,06 Foto: Divulgação
3 - Marsilac
No distrito de Marsilac, extremo sul da capital, a idade média ao morrer é de 59,2 anos. Foto: Cesar Ogata / SECOM
Mapa da Desigualdade
O Mapa da Desigualdade 2016, estudo apresentado pela Rede Nossa São Paulo, mostra as diferenças nos indicadores entre os distritos da cidade. Em relaç... Foto: EstadãoMais
30º lugar - Lapa
Com taxa de 3,38/10 mil mulheres, a Lapa, na zona oeste, ocupa a 30ª posição Foto: Mônica Zarattini/Estadão
29º lugar - Jardim Helena
O Jardim Helena, na zona leste, é o 29º distrito com a maior taxa de agressão a mulheres (3,41) Foto: Werther Santana/Estadão
27º lugar - Sapopemba
Em Sapopemba, na zona leste de São Paulo, a taxa é de 3,55 Foto: ERNESTO RODRIGUES/ESTADÃO
26º lugar - Artur Alvim
Artur Alvim, também na zona leste, é 26º distrito com a maior taxa de agressão a mulheres. O índice é de 3,6 Foto: Divulgação
24º lugar - Tatuapé
No Tatuapé, zona leste de São Paulo, a taxa de agressão a mulheres é de 3,64 Foto: ESTADÃO
23º lugar - Lajeado
Já no Lajeado, também na zona leste, a taxa sobe para 4,18 Foto: Albert Carlos Santos Domingos
22º lugar - Cidade Dutra
Na zona sul da cidade, o distrito de Cidade Dutra ocupa a 22ª colocação entre as regiões com as maiores taxas de agressão a mulheres. O índice é de 4,... Foto: Google Street View/ReproduçãoMais
21º lugar - Jardim Ângela
O Jardim Ângela, na zona sul,fica na 21ª colocação entre as regiões com maior taxa de agressão a mulheres. O índice é de 4,92 Foto: Tiago Queiroz/Estadão
19º lugar - Belém
Em 19º lugar está o distrito de Belém, na zona leste, com taxa de 5,43 Foto: Divulgação
18º - Carrão
Em 18º está o distrito de Carrão, também na zona leste, com taxa de 5,49 Foto: Ayrton Vignola/Estadão
17º - Pari
O Pari, na região central de São Paulo, ocupa a 17ª colocação entre os distritos com as maiores taxas de agressão a mulheres: 5,58 Foto: Reprodução
16º lugar - Barra Funda
Em 16º está a Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, com taxa de 6,41 Foto: Estadão
15º lugar - Cangaíba
Na zona leste, o distrito de Cangaíba é o 15º com maior taxa de agressões a mulheres: 6,63 Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo
14º lugar - Bom Retiro
No Bom Retiro, região central de São Paulo, a taxa é de 6,84 Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
13º lugar - Penha
O distrito da Penha, na zona leste, tem índice de 6,99 Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
12º lugar - Guaianases
Em 12º lugar entre os distritos com as maiores taxas de agressão a mulheres está Guaianases, na zona leste, com índice de 7,48 Foto: Wikimedia Commons
11º lugar - Raposo Tavares
Em Raposo Tavares, na região oeste, a taxa é de 8,6 Foto: Daniel Teixeira/Estadão
10º lugar - Cidade Tiradentes
Já em Cidade Tiradentes, na zona leste, a taxa é de 8,85 Foto: JONNE RORIZ/AE
9º lugar - Sé
A Sé, na região central, ocupa a 9ª colocação com taxa de 9,42/10 mil mulheres Foto: Daniel Teixeira/Estadão
8º lugar - São Miguel
Na zona leste, São Miguel é 8º distrito com a maior taxa de agressão a mulheres: 11,5 Foto: Rafael Arbex/Estadão
7º lugar - São Mateus
Também na zona leste, o distrito de São Mateus tem taxa de 11,52 Foto: Reprodução
5º lugar - Parelheiros
Em Parelheiros, também na zona sul, o índice sobe para 13,83 Foto: JF Diório/Estadão
4º lugar - Brás
O Brás, na região centralde São Paulo, é o quarto distrito com os maiores índices de agressão a mulheres. Na região, a taxa é de 14,71 Foto: Daniel Teixeira/Estadão
3º lugar - Perus
Perus, na zona norte, ocupa a 3ª colocação, com taxa de 15,37 Foto: Hélvio Romero/Estadão
2º lugar - Grajaú
Na zona sul de São Paulo, o Grajaú é o segundo distrito com maior taxa de agressão a mulheres. Na região, o índice é de 15,56 Foto: FILIPE ARAUJO/Estadão
1º lugar - Itaim Paulista
O distrito com a maior taxa de agressão a mulheres é o Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo. Nesta região, o índice chegou a 25,83/10 mil mulher... Foto: Paulo Liebert/EstadãoMais
Caso. O crime aconteceu em outubro de 2000, quando Semeghini usou um revólver calibre 32 para atirar sete vezes contra Simone, na época com 35 anos. A mulher estava deitada e ele usou um travesseiro para cobrir o rosto dela enquanto atirava. Três tiros atingiram a face e quatro, o abdômen. Simone morreu na hora.
Antes, houve uma discussão. O casal tinha três filhos. Semeghini foi preso, mas ganhou o direito de responder ao processo em liberdade. O primeiro julgamento, que o condenara a mais de 16 anos, foi anulado. O segundo julgamento foi adiado duas vezes e só aconteceu em agosto do ano passado.