14 de fevereiro de 2015 | 18h06
SÃO PAULO - Mesmo após a Prefeitura anunciar há sete dias a proibição da venda de bebidas em garrafas de vidro durante o carnaval de rua deste ano, as vias de São Paulo por onde passam os blocos estão repletas de cacos de vidro e embalagens vazias de long necks. Os fiscais prometidos pelo governo para fiscalizar os ambulantes passaram longe da folia.
Quem tentava comprar cerveja em garrafa de vidro nos blocos encontrava o produto com facilidade na tarde deste sábado, 14.
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Em todos os quatro blocos visitados pelo Estado, os ambulantes vendiam os produtos, inclusive com variedade de marcas. "Eu nem estou sabendo dessa proibição e também não vi ninguém fiscalizando. Estou vendendo desde cedo", disse o ambulante José Tobias Silva, de 42 anos.
Reinaldo dos Santos, de 38 anos, reclamou da proibição da Prefeitura. "Até na alegria do povo eles querem regular. Se preocupar com a falta de água não, mas na minha cerveja sim", reclamou. Lei.
A medida, publicada em portaria no Diário Oficial da Cidade na semana passada, tenta evitar o que foi visto durante dezenas de blocos que desfilaram pela capital paulista: ruas e calçadas cheias de cacos de vidro logo após as primeiras horas dos eventos.
Segundo a Prefeitura, cerca de 700 fiscais das 31 subprefeituras fiscalizam o comércio de rua durante o carnaval. Cada subprefeitura está republicando as determinações do governo com as proibições da venda de embalagens de vidro nos desfiles dos blocos.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo alega que "todos os 700 fiscais estão trabalhando durante o carnaval de rua de São Paulo" e que a partir deste sábado, 14, vai intensificar a fiscalização para conter as vendas irregulares das garrafas.
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