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Apesar de apelos, Prefeitura de SP não deve liberar mesas nas calçadas

O entendimento da gestão Bruno Covas (PSDB) é que essa medida seria de difícil fiscalização e poderia estimular aglomerações do lado de fora desses locais

Por Bruno Ribeiro
Atualização:

Embora o setor de bares e restaurantes venha tentando negociar a liberação das calçadas para bares e restaurantes instalarem suas mesas na nova fase da quarentena na cidade de São Paulo, o entendimento da gestão Bruno Covas (PSDB) é que essa medida seria de difícil fiscalização e poderia estimular aglomerações do lado de fora desses locais. Por isso, o apelo não deve se acatado, segundo os auxiliares mais próximos do prefeito.

A decisão do governo de pedir à capital para adiar a liberação desses locais para a semana que vem foi contra as expectativas do prefeito da capital, uma vez que os índices propostos pelo governo para autorizar a mudança de fase haviam sido alcançados. Mas, desta vez, Covas evitou se envolver emnovos atritos com o governo João Doria (PSDB). A gestão municipal avaliou que, com uma data concreta para apresentar aos comerciantes, poderia acalmar os ânimos e daria um prazo para o comércio repor estoques e organizar melhor a reabertura.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB). Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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Os técnicos do governo do Estado estão de olho nos números da coronavírus no interior do Estado, e houve receio de que uma abertura da capital nesta semana, quando os dados das demais cidades ainda indicam crescimento, pudesse contaminar a estabilização vivida na capital. Esse argumento também pesou para a decisão da equipe de Covas apoiar o pedido do governo.

Embora a Prefeitura tenha decidido fechar o Hospital Municipal de Campanha do Pacaembu, os gestores da saúde municipal não descartam que o crescimento de casos no interior de fato possa culminar no surgimento de uma segunda onda de coronavírus na capital. Assim, preparam ainda aumento do número de leitos de enfermaria nos hospitais municipais Dom Pedro, no Jaçanã, Sorocabana, na zona oeste, e o Brigadeiro, no centro, de forma a poder receber eventuais novos pacientes em leitos permanentes, mais adequados.

“A gente tem 900 leitos no (Hospital de Campanha do) Anhembi. Vamos separar. Metade vai fazer o trabalho que o Anhembi já fazia, de receber pacientes vindos da rede municipal, que são testados e ficam em observação, e outra parte vai agora fazer o que o Pacaembu fazia, que era receber pacientes que tiveram alta da UTI mas ainda estão em observação”, disse o secretário de Saúde, Edson Aparecido, ao comentar o fechamento do Pacaembu.

A Prefeitura acompanha um projeto em tramitação na Câmara Municipal, que conta com apoio de parte da bancada governista, que flexibiliza o uso das calçadas. As negociações para a votação do texto devem ocorrer na semana que vem, enquanto os protocolos sanitários que terão de ser assinados para a liberação dos bares são assinados.

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