Aparelho de escuta cai e revela investigação da PF

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Por Marcelo Auler
Atualização:

Uma lâmpada queimada na Delegacia de Repressão ao Tráfico Ilícito de Armas (Delearm), da Superintendência do Rio de Janeiro do Departamento de Polícia Federal, acabou denunciando a existência de uma investigação oficial contra policiais daquele setor. Ao trocar a lâmpada, um servente da empresa Novo Rio, terceirizada que faz a limpeza do prédio, puxou um fio e provocou a queda de um grampo instalado para fazer escuta ambiental. O incidente ocorreu na segunda-feira e está sendo visto como uma trapalhada na investigação. O aparelho instalado no forro da sala perto da lâmpada é pequeno, fica permanentemente ligado à rede elétrica e é acionado cada vez que o telefone grampeado faz ou recebe ligação. Estava escondido no forro da sala usada por cinco agentes.O delegado-chefe do Núcleo de Operações da Delearm, Enrico Zambrotti, que estava na delegacia, fez a apreensão do aparelho. O superintendente da PF no Rio, Ângelo Fernandes Gioia, encaminhou o caso para Brasília.Por meio do número de ordem do aparelho de escuta, agentes confirmaram ser um equipamento da própria PF. A investigação, feita por Brasília, é oficial e o grampo foi instalado com autorização judicial. Mas a apuração continua sob sigilo, sem que seus alvos ou o que a motivou sejam divulgados.A investigação terá prosseguimento, segundo o que o Estado apurou. O superintendente da PF do Rio, que está em Brasília para as comemorações do aniversário do departamento, não se manifestou sobre o caso.

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