APAE perde carros e laptops na enchente

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Por Paulo Sampaio
Atualização:

"O pior é que nem podemos dizer aqui em Friburgo que enchente seja novidade", diz a fundadora da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) na cidade, Maria das Dores "Dorinha" Mello, confessadamente instalada em área de risco. "Todo mundo aqui está", defende-se. "Empresa, banco, casa de gente rica, pobre, tudo. Aí, o político fala em ocupação irregular. Mas eu pago imposto, água, luz. Para quem?"A Apae da cidade atende 530 deficientes. No pátio da entidade, com os pés atolados na lama até a altura da canela, Dorinha faz o inventário do que perdeu: dois carros, laptops, portas, vidros, parte do muro. Em 2006, 2007 e 2009, enchentes já haviam alagado o prédio. Com voz fraca, Dorinha diz que ainda não teve notícia das crianças - a maioria moradora de áreas carentes. E admite não ter certeza do retorno de todas. "Não recebi comunicado das famílias. Se a gente está sem comunicação, imagina eles."

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