
23 de setembro de 2012 | 03h03
O novo hotel terá investimentos de R$ 10 milhões e as obras começam ainda neste ano, para que a inauguração aconteça em 2014. No projeto, apenas a fachada do prédio erguido em 1902 será mantida - o interior, totalmente reformulado, dará lugar a 21 suítes amplas, restaurante aberto ao público e um lounge vip na cobertura, com acesso apenas para pessoas associadas.
"Já queríamos ter um hotel ali, mas os grandes eventos aceleraram isso, trouxeram investimentos necessários à região, como no porto", afirma Dussol.
A sofisticação será a marca do empreendimento, em contraste com o uso recente, quando abrigava uma pensão ocupada por prostitutas. No novo projeto, a memória do lugar não será esquecida. Uma das suítes poderá ser reservada para períodos curtos, como um motel de luxo - as diárias devem ficar entre R$ 690 e R$ 2.300. "Essa região tem um lado Nova York e um lado colonial, isso é incrível", diz Dussol.
A área é considerada estratégica. Os casarões e prédios antes abandonados ou ocupados por lojas e escritórios populares, aos poucos, dão lugar a escritórios de advocacia de alto padrão e lojas de design.
Também estão previstas novas casas de show e a revitalização de um teatro municipal. Na praça, localizada a menos de um quilômetro da Lapa, há ainda outro grande teatro e a tradicional Gafieira Estudantina, entre outras atrações turísticas.
Perto dali, outra proposta mais acessível é comandada pelo arquiteto Hélio Pellegrino, que planeja abrir um albergue butique na Lapa. "Existe um movimento de retorno àquela região. Basta percorrer a área para ver as mudanças." Com foco na sustentabilidade, o albergue espera atrair o público frequentador do bairro boêmio, criando também um espaço para eventos. / ANTONIO PITA
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