16 de fevereiro de 2012 | 03h04
Quando ele fala que era uma "brincadeira", é como se dissesse que aquela situação era "surreal". Deve ter um pouco de verdade nisso. Com imprensa e polícia, criou-se esse clima mesmo, que acaba levando para uma espécie de "brincadeira". Para mim, isso de fato aconteceu na perspectiva dele. Não é um bandido contumaz ou uma pessoa perversa. As circunstâncias o levaram a fazer o que fez. Quando diz que atirou para manter a polícia distante e que fez isso de forma impensada, é como se dissesse "não estou aqui para brincar". Foi a situação que ditou essa conduta. Ele fala que atirou sem pensar durante a invasão e isso é o que chamamos de "ação em curto-circuito". É um pouco automatizada, mas isso já devia ter passado pela mente dele, o "se eles invadirem, atiro". Ele estava em um beco sem saída.
Guido Palomba
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