10 de agosto de 2013 | 02h13
Associações de moradores da Maré tiveram reuniões com a cúpula da Polícia Militar, principalmente depois da ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) em que dez pessoas morreram. Teria sido dito que a região seria ocupada em agosto para a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Uma fonte graduada do governo do Estado confirmou o prazo. No entanto, o senhor disse à imprensa recentemente que a Maré não está mais tão perto de ganhar uma UPP como todos imaginavam. Por que a ocupação foi adiada?
A razão é que, com a troca de comando, nós precisamos nos situar a respeito de toda a estrutura da PM. No que se tem, por exemplo, de turmas no CFAP (Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças), para acelerar os projetos em andamento. Também precisamos interagir com a Secretaria de Segurança para então definir o próximo rumo a ser tomado pelas UPPs.
A Maré vai ser ocupada ainda neste ano?
Há uma possibilidade. Não posso nem descartar nem afirmar que vai ter a ocupação da Maré. Qual o próximo passo? Quantos policiais teremos até o fim do ano? Quais as comunidades prioritárias? Maré, Chapadão, Complexo do Lins... Ainda não definimos isso? Então temos de aguardar.
O senhor também disse que ia revogar o ato do ex-comandante Erir Costa Filho que concedeu anistia a policiais punidos administrativamente.
Revoguei. E vai ser reeditado. Só estamos acabando de ver alguns detalhes, para então fazer a republicação. Os policiais que se enquadrarem nos pré-requisitos que forem colocados serão beneficiados por essa medida.
Que tipo de infrações o senhor vai anistiar?
As infrações que não sejam graves. Isso (anistia de policiais) é algo previsto no nosso regulamento disciplinar. O que está sendo feito não é uma inovação. Já foi feito por vários comandantes, que avaliaram o momento e perceberam que era conveniente e oportuno adotar essa medida. É um prêmio, um reconhecimento para a tropa que em determinado momento esteja merecendo. /M.G.
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