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Análise: 'Não adianta um PM por escola, mas ouvir pedidos de socorro'

Precisamos conversar com as crianças sobre seus medos e inseguranças

Por Luciene Togneta
Atualização:
Familiares e amigos velam os corpos das vítimas do massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo Foto: Felipe Rau/Estadão

Nos assusta ver como a escola pode ser violenta. Muitas vezes se entende como um local de aprendizado meramente conteudista, de Português e Matemática. Se esquece de que, antes de tudo, o primeiro papel é o de formar cidadãos. Infelizmente, o que temos visto é que a escola, como instituição, não tem alcançado isso. 

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Os jovens que promoveram essa barbárie, com certeza, tinham inúmeros problemas, que ainda e talvez nunca iremos saber. O que sabemos com certeza é que não sabiam lidar com a dor nem a quem e como pedir ajuda.

É importante não tentar jogar para debaixo do tapete. Os alunos, as crianças, tiveram contato com o que aconteceu e precisamos conversar com elas sobre isso. Perguntar o que sentiram, seus medos e inseguranças. É o único modo de evitar novas tragédias: ensinar a pedir ajuda e a ouvir pedidos de socorro. Não adianta colocar um policial na porta de cada escola.

*É ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO DA UNICAMP

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