
25 de julho de 2013 | 02h10
A homilia se entrelaça com o discurso no Rio. Francisco não foi a qualquer hospital, mas a um "polo de atendimento integral a dependentes químicos". Ali, disse que a função da Igreja não é condenar, mas prestar solidariedade que gere esperança e força necessárias à superação. Tanto em Aparecida quanto no Rio, fala da moral católica e de seus valores maiores: solidariedade, fraternidade, amor, alegria, esperança. Não um moralismo de condenação e fechamento, mas uma moral positiva. Uma moral em que os vetos existem, mas ganham seu real sentido de defesa do amor e da realização - afinal, o mal sempre deverá ser condenado se queremos o bem.
Reapresentar a moral católica dessa forma positiva era uma das grandes lutas de Bento XVI e João Paulo II. Mas nenhum conseguiu quebrar a mentalidade hegemônica na sociedade, que vê no catolicismo apenas proibições. E esse será um dos maiores desafios de Francisco: mostrar ao mundo a moral católica como amor e esperança. Seus antecessores, lá na vida após a morte ou na oração reclusa, torcem por ele!
* É COORDENADOR DO NÚCLEO DE FÉ, CULTURA DA PUC-SP
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