01 de agosto de 2013 | 05h46
Chama a atenção a urgência em dar respostas para questões complexas, às vésperas de uma eleição. Não se questiona o mérito do problema. Propostas para qualificar a Medicina e os serviços na rede pública não faltam. As entidades médicas já encaminharam várias. Após ignorá-las, afirma-se desconhecê-las: mais um lance infeliz num embate onde se tenta responsabilizar os médicos pelo caos, o qual decorre da falta de investimento e do excesso de incompetência.
Esta novela se arrastará por mais alguns meses. Talvez os marqueteiros pudessem invocar a ajuda de Janete Clair. Em 1967, a autora usou um terremoto para salvar o enredo de Anastácia, a mulher sem destino, que com 40 capítulos já acumulava centenas de personagens e se perdia em tramas e subtramas. O tremor matou quase todo mundo e deu-lhe a chance de recomeçar do zero.
* É PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
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