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Americanos vão avaliar se pagarão recompensa à PF

Departamento de Estado dos EUA oferecia recompensa de até US$ 5 milhões pela prisão de Juan Abadía

Por Patrícia Campos Mello e Vannildo Mendes
Atualização:

O governo americano ainda vai analisar as circunstâncias que levaram à prisão do traficante Juan Carlos Ramirez Abadía, para determinar se a polícia brasileira merece receber a recompensa. O Departamento de Estado americano estava oferecendo uma recompensa de até US$ 5 milhões pela captura do criminoso, que foi preso por policias federais às 3 horas de terça-feira, 7, em sua casa em um condomínio de luxo, na Aldeia da Serra, na Grande São Paulo. Traficante tem fortuna avaliada em R$ 3,4 bi Traficante colombiano está no Brasil há 3 anos Imagens da operação que prendeu Abadia Conheça os mais famosos criminosos que escolheram o Brasil como refúgio  "Da forma em que o programa de recompensas funciona, indivíduos precisam ser indicados para o prêmio e a indicação é avaliada posteriormente por um comitê, para verificar se uma recompensa seria justificada", disse, na terça, Tom Casey, porta-voz adjunto do Departamento de Estado. "Como a prisão acabou de ocorrer, ainda não fizemos nenhuma recomendação; mas nós vamos examinar as circunstâncias da captura para verificar se algum indivíduo ou grupo deve ser indicado para a recompensa." Autoridades americanas vão verificar se a prisão resultou de um esforço de inteligência dos EUA também, caso em que não haveria recompensa, ou de mérito exclusivo da polícia brasileira. A PF não vai reivindicar o prêmio. "Não somos caçadores de recompensa, cumprimos nossa obrigação por dever de ofício", disse o delegado Getúlio Bezerra, diretor de Combate ao Crime Organizado. "Mas se eles, num gesto de boa vontade, quiserem mandar o dinheiro, ele será bem empregado no combate ao crime organizado." De modo geral, segundo Bezerra, recompensas desse tipo são pagas em caso de delação particular.

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