Ameaça jurídica na Fundação Nemirovsky

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Por Camila Molina
Atualização:

A Fundação José e Paulina Nemirovsky, que detém uma coleção de arte avaliada em cerca de R$ 100 milhões e que por meio de comodato com a Secretaria de Estado da Cultura realiza suas atividades na Estação Pinacoteca, está sob ameaça jurídica. Ontem, o presidente do conselho da instituição, o arquiteto Jorge Wilheim, foi informado de que o Juizado da Vara de Família acatou requerimento do promotor e curador de Fundações do Ministério Público Estadual, Airton Grazzioli, questionando a regularidade do conselho da fundação. A Justiça determinou que Wilheim e outros conselheiros deixem a instituição. A ação foi movida a partir de representação feita a Grazzioli pela família de Beatriz Nemirovsky, filha do casal de colecionadores, ambos mortos.Até ontem, a decisão não havia sido publicada oficialmente, mas a Fundação Nemirovsky informou que já entrou em contato com seus advogados para reverter a situação. "Foi um golpe", afirmou Wilheim. Beatriz, única representante da família e que não foi encontrada pela reportagem, questiona o período de permanência de Wilheim na entidade, da qual é presidente desde 2005, e a entrada de seus três filhos no conselho da instituição. "É um ataque pela desestabilização da fundação", diz a curadora Maria Alice Milliet.

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