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Além de lentidão, motorista sofre com pontos cegos nas rodovias para o litoral

Falta de sinal de celular e de telefones de emergência preocupam paulistanos que trafegam pelas principais estradas de acesso às praias

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Por Redação
Atualização:

Além da lentidão nas estradas que dão acesso ao litoral, os paulistanos que escolheram passar o réveillon na praia devem se preparar para enfrentar outros problemas. O principal são os "pontos cegos", onde falta sinal de celular e telefones de emergência para os usuários das rodovias. Há também trechos com sinalização escondida e faixas mais estreitas que o normal, como constatou a reportagem após rodar mais de 400 km no dia 15.Para a virada, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estima que cerca de 1,4 milhão de veículos saia da cidade. Esse grande volume causa gargalos tanto na ida quanto na volta, especialmente nos trechos mais próximos do litoral e no entorno da capital paulista. Mas os pontos cegos das rodovias se concentram no meio do caminho, onde a possibilidade de comunicação com equipes de emergência é ainda mais necessária.A reportagem identificou pontos cegos de sinal de celular na Tamoios, na Imigrantes, na Anchieta, na Rio-Santos e na Carvalho Pinto. Além disso, faltavam cabines de telefone SOS em quase 30 km da Carvalho Pinto. No Sistema Anchieta-Imigrantes, a reportagem testou cinco desses telefones e em nenhum conseguiu falar com a concessionária após cinco minutos de espera. Em todos, havia sinal de chamada, mas sem resposta. "Vai que o carro quebra. Em um lugar sem sinal e sem telefone de emergência, você está perdida", afirma a contadora Ana Abreu, de 46 anos, que passava na Imigrantes.

Outros problemas também foram constatados. Na Tamoios, motoristas devem redobrar a atenção, pois em determinados pontos a faixa de rolagem da direita é mais estreita que a outra, já que ela foi feita no local do antigo acostamento. Isso faz com que veículos maiores ocupem parte da faixa da esquerda. "Se o carro furar o pneu, tiver pane ou bater, falta de acostamento é um risco", critica o consultor Horácio Augusto Figueira. Segundo ele, o ideal é que motoristas carreguem dois triângulos de emergência para reforçar a sinalização caso tenham problemas. E esperem por assistência fora da rodovia.Nessa estrada e na Rio-Santos, a reportagem encontrou placas cobertas por árvores e mato, dificultando sua visualização mesmo em áreas de neblina.Em outros trechos, o maior perigo são pedestres e ciclistas. Ao logo da SP-55, que muda de nome e administrador, é comum encontrá-los circulando pelo acostamento. A situação é pior na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, na altura de Mongaguá. "Apesar das novas grades de proteção e das passarelas, muita gente ainda se arrisca atravessando a pista", conta o ajudante geral Renato Oliveira, de 22 anos.Explicações. Sobre a falta de resposta em telefones de emergências, a Ecovias informou que esses equipamentos são monitorados diariamente e, caso sejam detectados problemas, "são deslocadas equipes de reparo". A concessionária informou que o contato "emite imediatamente sinal de alerta à equipe do Centro de Controle de Operações" e o contato de voz "pode não ocorrer de imediato". A Ecopistas, que administra a Ayrton Senna e a Carvalho Pinto, informou que até junho "deve instalar cerca de 140 equipamentos" na rodovia, prazo previsto na concessão.Sobre a falta de acostamento na Tamoios, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), responsável pela via, informou que "acostamentos foram aproveitados para instalação das pistas extras, que têm como objetivo auxiliar a ultrapassagem nos locais permitidos" e essas faixas adicionais "atendem às normas do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito". "Essas melhorias", informa o órgão, "antecedem a duplicação da rodovia, prevista para ser iniciada em 2012". Além disso, o DER disse que estão "em andamento serviços de manutenção de rotina" no trecho de serra da Tamoios, que inclui corte de mato sobre placas. Sobre a circulação de pedestres na SP-55, informou que estão previstas mais cinco passarelas entre Mongaguá e Itanhaém

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